Simões, José Augusto RodriguesSimões, Pedro Augusto Gomes Rodrigues MarquesMacedo, Filipa Maria Teixeira2020-12-172020-12-172020-06-182020-05-13http://hdl.handle.net/10400.6/10710Introdução: Hoje em dia é notória a crescente quantidade de idosos polimedicados, o que por sua vez está associada a um maior risco de utilização de medicação potencialmente inapropriada. Surge assim a necessidade de tentar reduzir ou parar esta mesma medicação através do processo de desprescrição. Embora, em teoria, a maior parte dos pacientes aceite parar um medicamento por aconselhamento médico, na prática, a adesão não é assim tão alta. Entre todos os fatores influenciadores na tomada de decisão, a relação médico-paciente foi sempre apontada como tendo um peso extremamente importante. Objetivo: Com este estudo de investigação pretende-se perceber quais atitudes do médico de família influenciam, na perspetiva do idoso, o processo de desprescrição. Metodologia: Estudo qualitativo realizado com entrevistas semiestruturadas. Obteve-se uma amostra de 17 idosos (= 65 anos) polimedicados (=5 medicamentos diferentes) inscritos no Agrupamento de Centros de Saúde Cova da Beira. Resultados: A grande maioria dos pacientes valorizou o grau de confiança que deposita na sua relação com o médico de família, salientando a importância de se sentirem respeitados e ouvidos. Os entrevistados apontaram também os factos de passar mais análises, não olhar exclusivamente para o computador, ter humildade em admitir quando não sabe, um diálogo mais simples e objetivo como atitudes facilitadoras na adesão à desprescrição. Conclusão: Para além da maior parte dos fatores influenciadores do processo de desprescrição encontrados irem de acordo com os referidos na bibliografia internacional, novas atitudes foram descobertas neste estudo. Com este conhecimento será mais fácil adaptar o momento da proposta da desprescrição de medicamentos, aumentando assim as probabilidades de sucesso deste procedimento.Background: Nowadays the growing number of polipharmacy among the elderly is notorious, which is associated with a greater risk of potencially inappropriate medication use. There is a need to reduce or stop this medication throught the process of deprescribing. Although in theory most pacients are willing to stop a medication if their doctor say so, in practice adherence is not that high. Among all the factors that influence that decision, the doctor-patient relationship has always been identified as extremely important. Objective: The aim of this study is to understand wich doctor’s attitudes can, from the perspective of the elderly, influence the process of deprescribing. Methods: Qualitative study with semi-structured interviews. We obtained a sample of 17 elderly patients (=65 years old) with multiple medicine use (=5 different medications) from the Agrupamento de Centros de Saúde Cova da Beira. Results: The vast majority of patients valued the confidence they have in their relationship with the doctor, reinforcing the importance of feeling respected and heard. The interviewees also pointed out the facts of asking for more analysis, not looking exclusively at the computer, being humble in admitting when they don't know, a simpler and more objective dialogue as attitudes that facilitate adherence to the process of deprescribing. Conclusion: In addition to the factors that influence the process of deprescribing found meet those mentioned in the international studies, new attitudes were discovered in this study. With this knowledge, it will be easier to adapt the proposal of deprescribing and increase the chances of success of this process.porDesprescriçãoIdososMedicação Potencialmente InapropriadaMedicina Geral e FamiliarPreferências dos PacientesAtitudes dos médicos de família que influenciam a desprescrição na perspetiva do idosomaster thesis202548392