Mendes, Maria do Carmo Raminhas2023-11-302023-11-302022http://hdl.handle.net/10400.6/13817O Museu Francisco Tavares Proença Júnior e o Paço Episcopal de Castelo Branco são duas entidades distintas, mas com uma história comum. Considerável parte do actual espólio do Museu integrava-se outrora em contexto episcopal, e abordá-lo sem abordar os bispos que no local passaram - as suas personalidades e o papel activo que tiveram tanto na diocese da Guarda como na posterior diocese de Castelo Branco – seria menosprezar a memória que na arte permanece. A obra designada de “Oração”, da autoria de Bento Coelho da Silveira, está intimamente ligada àquele que foi um dos mais excelsos bispos da diocese da Guarda durante o século XVII: D. Frei Luís da Silva. Este monge trinitário, amigo pessoal do rei D. Pedro II e reconhecido à época pelo seu enorme intelecto, poder de oratória e borromeanas humildade, caridade e zelo pastoral, foi nomeado bispo da Guarda em 1684, e foi ele o responsável pela efectivação da linguagem visual barroca no bispado. Perdura, deste bispo, o nome gravado na laje existente na Sé Concatedral de Castelo Branco e o seu brasão de armas em parte das obras que lá financiou, mas a verdadeira dimensão da sua acção na implementação de catequeses visuais por toda a diocese é, infelizmente, ainda pouco valorizada. À luz da documentação remanescente, e incidindo particularmente na análise das duas biografias de D. Frei Luís da Silva (uma delas inédita até publicação nossa, em tese de doutoramento), ir-se-á lançar um novo olhar sobre a obra “Oração”, que irá para lá de uma mera análise iconográfica, inscrevendo-a no pensamento, no tempo e no lugar aos quais efectivamente pertence.porBarrocoPinturaMacenatoBisposEm análise: “Oração”, de Bento Coelho da Silveira, e a persona de D. Frei Luís da Silvajournal article