Ravara, Sofia BeloFilho, Hilson CunhaMorais, Ana Teresa Henriques2023-01-252023-01-252022-06-292022-05-09http://hdl.handle.net/10400.6/12754Introdução: A opinião das populações tem uma considerável influência sobre o sucesso das políticas públicas, tanto ao nível do planeamento e implementação, como da sua aprovação por parte da sociedade e, consequentemente, alteração das normas sociais e comportamentais. Neste sentido, aquando revisão e/ou introdução de políticas em saúde, torna-se imperativo avaliar a literacia e atitudes da população relativamente à matéria sobre a qual se pretende intervir. Objetivos: Avaliar as atitudes da população portuguesa face às políticas de controlo de tabaco e os fatores que as influenciam. Metodologia: Estudo observacional transversal analítico, com base em questionários aplicados através de entrevista telefónica no período compreendido entre junho e julho de 2012, a uma amostra estratificada e aleatória da população portuguesa residente em Portugal continental. A análise estatística dos dados foi realizada com recurso a testes de independência de Qui-quadrado, para pesquisa de associação entre a concordância com as políticas de controlo de tabaco e as características sociodemográficas, comportamento tabágico e exposição ao FAT; e regressão logística binária para avaliação dos fatores que influenciam esta concordância. Resultados: A amostra compreende 1002 indivíduos (taxa de colaboração de 96%); a maioria do sexo feminino; com idade média de 46,5 ±17,9 anos; 57% não fumadores, 20,9% ex-fumadores e 22,2% fumadores. Verificou-se que a maioria dos entrevistados concorda com a implementação da legislação de controlo do tabaco: 90,8% com a proibição de fumar em carros privados, na presença de crianças; 86,1 com a proibição de fumar em espaços públicos fechados; 66, 3% com o aumento do preço do tabaco; 65,9% com a implementação de advertências gráficas de saúde; 62,8% com a proibição da promoção e exposição das montras de tabaco; e 59% com a implementação de plain packaging. O apoio à implementação destas medidas é superior entre não fumadores, mulheres, pessoas com menor exposição ao FAT ou na faixa etária >45 anos. Contudo, o único fator que consistentemente demonstrou influenciar a concordância face à imposição desta legislação, foi ser não fumador. Conclusão: A população portuguesa uma concorda consistentemente com a implementação da legislação de controlo do tabaco, em especial com as políticas smokefree. Esta evidência suporta a formulação e implementação de políticas abrangentes de controlo do tabaco em Portugal, de forma a melhorar os resultados de saúde a curto e longo prazo.Introduction: The population’s opinions have a considerable influence on the success of the public policies, both when it comes to planning and implementation of, as well as their approval by society and, consequently, changing social norms and behaviors. When health policies are reviewed and/or introduced, it becomes essential to evaluate the literacy and attitudes of the population about the subjects in which we intend to intervene. Goals: To evaluate the attitudes of the Portuguese population in relation to tobacco control policies and the influencing factors. Methods: An observational, cross-sectional, analytical study, based on questionnaires applied through telephonic interviews between June and July of 2012, to a stratified and randomized sample of the Portuguese population residing on the mainland. The statistical analysis was achieved through independence Chi-Square tests to investigate the associations between agreeing with the tobacco control policies and the sociodemographic characteristics, smoking behavior, and exposure to environmental tobacco smoke (ETS); and through binary logistic regressions, to evaluate the factors which influenced the referred agreeance. Results: The sample is composed of 1002 individuals (with a cooperation rate of 96%); the majority are female, with an average age of 46,5 ±17,9 years; 57% are non-smokers; 2o,9% are former smokers, and 22,2% are smokers. We concluded that most of the interviewees agree with the implementation of tobacco control legislation: 90,8% with a smoking ban in private cars when children are present; 86,1% with the smoking ban in indoor public places; 66,3% with the increase in tobacco prices; 65,9% with the implementation of graphic health warnings; 62,8% with the ban on advertising and tobacco displays; and 59% with the implementation of plain packaging. The support for these measures is higher amongst non-smokers, women, people less exposed to ETS, or above the age of 45. However, the only factor that consistently showed to influence the agreement with these policies was being a non-smoker. Conclusions: The Portuguese population agrees consistently with the implementation of tobacco control legislation, especially smoke-free policies. This evidence supports the development and implementation of comprehensive tobacco control policies in Portugal, to improve the outcomes in health in the short and long term.porAtitudes da PopulaçãoPolíticas de Controlo do TabacoPolíticas Smoke-FreeSaúde Públicamaster thesis203182294