Costa, Aldo Filipe Matos Moreira Carvalho daSousa, Nuno Domingos Garrido Nunes deFrias, Alexandra Castro2019-01-072019-01-072017-11-142017-10-3http://hdl.handle.net/10400.6/6733INTRODUÇÃO: Crianças com mais experiência aquática parecem ser mais capazes de ajustar a sua perceção de competência aquática com a realidade (Moreno & Ruiz, 2008), pelo que poderá contribuir para a diminuição da ocorrência de riscos de acidentes aquáticos. No entanto, antes da idade de oito anos, a auto perceção da competência motora não é específica (Stallman et al., 2008). O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a competência aquática percebida e real em crianças com 6 a 10 anos de idade em habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquático. MÉTODOS: A amostra do estudo foi composta por 105 crianças (8.2±1.3 anos), recrutadas em escolas de natação portuguesas, e identificadas com um nível de competência aquática mínimo (~12,5 m de nado autónomo). As crianças foram divididas em dois grupos etários com semelhante experiência aquática (G1, 6-7 anos, n=53; G2, de 8 a 10 anos, n=52). Ambos os grupos foram avaliados na sua competência aquática em oito habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquático (Stallman et al., 2008) e nas seguintes condições: (i) com equipamento de nado comum (fato de banho e touca); (ii) com equipamento de nado comum e, adicionalmente, vestindo uma t-shirt. A perceção de competência aquática para as mesmas habilidades aquáticas foi avaliada através de um questionário-entrevista (com imagens). No tratamento dos dados recorreu-se ao índice de correlação linear de Pearson e ao teste T de Student para amostras emparelhadas e independentes, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentam diferenças significativas (p<0.01) na competência aquática real entre as duas condições de uso de equipamento (normal e adicionalmente com t-shirt). Porém a competência aquática percebida é similar entre ambos os grupos etários para todas as habilidades aquáticas avaliadas, exceto para o controlo da respiração durante a nado (p<0.05). A competência aquática percebida difere significativamente (p<0.001) da competência aquática real (em ambos os contextos de avaliação) apenas no G1. Ambos os grupos etários apresentam correlações modestas entre a competência aquática percebida e a real para todas as habilidades aquáticas avaliadas. CONCLUSÕES: A idade juntamente com a experiência aquática parece contribuir para uma perceção de competência aquática elevada em habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquático.INTRODUCTION: Children with more aquatic experience would be more capable of adjusting their perceptions to the reality of their aquatic competence (Moreno & Ruiz, 2008), which itself should inhibit a drowning accident. However, before the age of eight, the self-perceived motor competence is not specific (Stallman et al., 2008). The purpose of this study was to analyse the relationship between perceived and real aquatic competence in 6- to 10-years old children in skills identified as relevant for surviving an aquatic accident. METHODS: The study sample consisted of 105 children (8.2 + 1.3 years old) with a minimal entry standard for aquatic competency (12.5m autonomous swimming). Two age groups with similar aquatic experience were examined separately [G1, 6 to 7 yrs. (n= 53); G2, 8 to 10 yrs. (n=52)]. All children were evaluated twice for their aquatic competence in skills linked to the risk of drowning (Stallman et al., 2008): firstly using a common swimsuit (normal condition) and secondly wearing a t-shirt in addition (abnormal condition). The aquatic perceived competence for the same aquatic skills was assessed by questionnaire-interview (with images). Pearson correlation coefficients, pairwise and independent t-test comparisons were performed with a significance level of 5%. RESULTS: Similar levels of aquatic perceived competence were found among both age-groups for all measured skills, excepted for breath control during swimming (p<0.05). However, perceived aquatic competence differs significantly (p<0.001) from real aquatic competence (in normal and abnormal conditions) only in G1. Correlations between perceived and real aquatic competence were modest for all measured skills in both age-groups. Significant differences were found between real aquatic competence in normal and abnormal conditions in both groups (p<0.01). CONCLUSIONS: Age together with aquatic experience contributes to a higher aquatic perceived competence in skills related to the risk of drowning.porAfogamentoCriançasHabilidades AquáticasPerceção de CompetênciaA competência aquática real e percebida de crianças de 6 a 10 anos em habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquáticomaster thesis202107914