Oliveira, Ema Patrícia de LimaRamôa, Mónica Cristina Cerqueira2014-11-172014-11-1720122012http://hdl.handle.net/10400.6/2655Com este estudo pretendeu-se aferir se a perceção que os professores fazem à implementação das medidas que constituem uma resposta educativa para alunos sobredotados é positiva; também saber se a medida que recolhe a perceção menos positiva é o ingresso antecipado no primeiro ciclo. Outro propósito foi aferir se a medida que os professores percecionam mais positivamente é o plano de desenvolvimento. Além destes objetivos, pretendeu-se saber se a perceção dos docentes à implementação das medidas educativas para alunos sobredotados é menos positiva no domínio socio-afetivo do que no académico. O quinto objetivo foi constatar se existem diferenças de género na perceção da implementação destas medidas educativas. Conhecer se a perceção dos professores da implementação das medidas educativas em causa é diferente, consoante a área geográfica onde se localiza a escola, foi outro propósito deste trabalho. Finalmente, aferir se a perceção dos professores com formação na área da sobredotação é mais positiva do que a dos professores que não têm formação neste assunto. Para concretizar estes propósitos, foi construído um questionário com duas partes principais: uma relativa aos dados sociodemográficos e profissionais e a outra parte está dividida, por sua vez, em duas subpartes: uma para apurar se o participante já teve algum contacto com alunos sobredotados, a outra é constituída por 38 questões fechadas. O número de participantes foi de 110 docentes. 24.5% é do género masculino e 75.5% do género feminino. 64.5% leciona em área geográfica urbana e 35.5% em rural. Dos participantes, 20.9% tem formação na área do sobredotação e 79.1% não. A maioria dos docentes, neste estudo, demonstraram ter uma perceção positiva à aplicação das medidas educativas especiais. De todas as medidas a que tem uma perceção menos positiva é o ingresso antecipado no 1.º ciclo e a que recolhe a perceção mais positiva é o plano de desenvolvimento. A perceção da implementação das medidas em estudo, não apresenta diferenças estatisticamente significativas quanto ao género, ou quanto à área geográfica onde lecionam. A perceção face à aplicação das medidas é menos positiva na dimensão socio-afetiva do que na académica. Não se encontraram diferenças estatisticamente relevantes na diferença de perceção entre professores sem e com formação na área da sobredotação. Conclui-se assim que a ou as razões que presidem à falta de acompanhamento dos alunos sobredotados nas escolas portuguesas não resida no tipo de perceção que os professores têm da implementação das medidas especiais para atendimento aos sobredotados, mas, possivelmente, no facto de não existir um acompanhamento destes alunos por equipas multidisciplinares que possam identificar e construir a resposta educativa adequada a estas crianças e jovens.porPapel dos professoresCrianças sobredotadasPerceções dos professores sobre o atendimento aos alunos sobredotados no sistema educativo portuguêsmaster thesis