Rosado, Maria Luiza ConstanteAlcantara, Hilário dos Ramos Quaresma2018-07-242018-07-242016-7-112016-5-16http://hdl.handle.net/10400.6/5419Introdução: A Esclerose Múltipla é um dos distúrbios neurológicos mais comuns. Em muitos países é a principal causa de incapacidade não traumática em adultos jovens. Trata-se de uma doença autoimune do Sistema Nervoso Central, caraterizada por inflamação crónica, desmielinização, gliose e perda neuronal. É aproximadamente três vezes mais comum em indivíduos do sexo feminino em relação aos do sexo masculino. A idade no início da doença tipicamente situa-se entre os 20 e os 40 anos. No entanto, em cerca de 10 % dos casos, esta ocorre antes dos 18 anos e numa pequena percentagem antes dos 10 anos. Quando a esclerose múltipla surge depois dos 50 anos, é denominada esclerose múltipla de início tardio, ocorrendo em cerca de 5% da população Metodologia: foi feito um estudo observacional transversal usando a base de dados iMed® do Centro Hospitalar Cova da Beira. Resultados: a amostra é composta de 108 doentes, sendo que 77 são do sexo feminino e 31 do sexo masculino, com idade compreendida entre os 19 e os 82 anos, e com média situada nos 48,35 anos. Encontrou-se uma maior prevalência da doença no sexo feminino com uma relação mulher/homem de 2,48:1. A média da idade aquando do início da doença é ligeiramente superior no sexo masculino (36,18) em relação ao feminino (33,97). Estas não são significativamente diferentes (p=0,354). Os sintomas inaugurais mais prevalentes nesta população são os distúrbios motores (40,7%) e visuais (33,3%). Quanto ao curso da doença 70,4% dos nossos doentes possuem EMSR, 14,8% EMSP, 6,5% EMPP e 1,9% EMPR. A Expanded Disability Status Scale nesta população tem valores compreendidos entre 0 e 9 com média de 2,091. Doentes que tiveram um curso progressivo inaugural têm a média da idade no início da doença significativamente superior (p=0,00215) aos que não tiveram. Embora 9 dos nossos doentes tiveram esclerose múltipla de inicio tardio, apenas 2 tiveram progressão de início. Conclusão: conclui-se que as características da nossa população e as variáveis em estudo não são muito diferentes daquelas observadas em estudos internacionais. A exceção a essa generalização é a maior frequência de esclerose múltipla de início tardio em comparação com outros estudos internacionais.Background: Multiple sclerosis is one of the world’s most common neurological disorders. In many countries, it is the leading cause of non-traumatic disability in young adults. It is an autoimmune disease of the Central Nervous System characterized by chronic inflammation, demyelination, gliosis, and neuronal loss. The disease is approximately threefold more common in women than men. The age of onset is typically between 20 and 40 years. Approximately 10% of cases begin before age18 years of age, and a small percentage of cases begin before the age of 10 years. While multiple sclerosis onset after the age of 50, termed late-onset multiple sclerosis occurs in approximately 5% of the population. Methodology: We conducted this cross-sectional observational study using medical records on iMed® data base of Centro Hospitalar Cova da Beira. Results: The sample is composed by 108 patients, 77 women and 31 men. The age range was between 19 and 82 years, with mean in 48,35 years. We found a higher prevalence of the disease in women with a woman /man ratio of 2.48: 1. The mean age at the onset of the disease is slightly higher in males (36.18) compared to females (33,97). These are not significantly different between the two groups (p = 0.354). The first most commons symptoms in this population are motor (40,7%) and visual (33.3%) disturbances. As for the course of the disease 70.4% of our patients have RRMS, 14.8% SPMS, 6.5% PPMS and PRMS 1.9%. The Expanded Disability Status Scale in this population have values between 0 and 9 with a mean of 2,091. Patients who had an inaugural progressive course have the average age at onset of disease significantly higher (p= 0.00215) to those who had not. Although 9 of our patients had late onset multiple sclerosis, only 2 had early progression. Conclusion: It is concluded that the characteristics of our population and the variables studied are not very different from those observed in international studies. The exception to this generalization is the highest frequency of EMIT compared to other international studies.porDoença DesmielinizanteEpidemiologiaEsclerose MúltiplaCasuística da Esclerose Múltipla no Centro Hospitalar Cova da Beira entre os anos de 2005 e 2015master thesis201774585