Rodrigues, Manuel de CarvalhoSilva, Tiago André da Conceição2019-12-202019-12-202017-7-132017-3-1http://hdl.handle.net/10400.6/8091Introdução: desde 2008 que o tabagismo é considerado pela World Health Organisation a primeira causa prevenível de doença, incapacidade e morte prematura nos países mais desenvolvidos e tem relação direta com seis das primeiras oito causas de morte a nível global. Se o paradigma atual não for alterado, prevê-se que a mortalidade continue a aumentar. Este estudo tem o objetivo de analisar o impacto do tabaco na mortalidade de doentes que sofreram enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, comparando as duas realidades com ênfase nos benefícios da cessação ou diminuição do consumo, sublinhando o papel dos profissionais de saúde. Métodos: pesquisa bibliográfica na base de dados Pubmed. Resultados: nos doentes de enfarte, 7 dos 15 artigos analisados relatam uma realidade em que fumadores e ex-fumadores têm taxas de mortalidade por todas as causas menores que os nunca fumadores e os restantes 8 mostram que nunca ou ex-fumadores estão em vantagem em comparação com fumadores contínuos. Em relação aos doentes com doença cerebrovascular, 4 dos 8 artigos concluem que fumadores têm piores registos de sobrevivência na comparação com os não fumadores e os outros 4 associam a ligação ao tabaco à menor mortalidade. Conclusões: O smoker’s paradox que está descrito na literatura pode realmente acontecer e é efetivamente aplicado tanto nos doentes de enfarte como de doença cerebrovascular, apesar de existirem evidencias em artigos de que o tabaco um papel negativo independente na sobrevivência daqueles que o consomem. A cessação tabágica trás beneficio nesta análise, sendo este tão mais marcado quanto mais precoce o abandono. Mesmo para os doentes que continuaram a fumar, a diminuição do consumo tem impacto positivo tanto na sobrevivência como no prognóstico dos eventos cardiovasculares.Introduction: Tobacco use is considered by the World Health Organisation since 2008 as the first preventable cause of disease, incapacity and premature death in the developed countries and has a straight relationship with 6 of the first 8 leading causes of death worldwide. If we don´t change this paradigm the prediction is a continuos rise in mortality. This analysis aims to study the outcomes of tobacco in the mortality of patients with acute myocardial infarction or stroke, comparing the two worlds with emphasis on the benefits of smoking cessation or decrease of consumption, highlighting the role of health professionals. Methods: Pubmed research. Results: in patients with myocardial infarction, 7 from the 15 analysed articles relate smoking and former-smoking with a lower all cause mortality rates when compared with never-smokers and the remaining 8 articles show that former or never smokers have advantage when compared with contínuos smokers. When cerebrovascular disease is considered, 4 of the 8 analysed articles show that smokers have higher all cause mortality rate in the comparison with nonsmokers and the remaining 4 relate tobacco use with lower mortality. Conclusions: The smoker’s paradox, which is described in the literature, can really take place and is actually applied in myocardial infarction and stroke patients, although there are proofs in some articles that smoking has and independente negative role on the survival of smokers. Smoking cessation brings benefits in this analysis, being those as marked as the earlier is the abandonment. Even in patients that continue smoking, a decrease in the consumed quantity has benefits in the survival and prognosis of cardiovascular events.porCessação TabágicaDoença CerebrovascularDoença CoronáriaPrognósticoTabacoOs outcomes do tabagismo nas doenças cardiovascularesmaster thesis202347729