Correia, João CarlosCanavilhas, JoãoCarvalheiro, José RicardoMorais, RicardoSousa, João CarlosFerreira, Gil Baptista2020-09-022020-09-022014978-989-654-187-3978-989-654-189-7978-989-654-188-0http://hdl.handle.net/10400.6/10409O campo do jornalismo foi atravessado, nas últimas décadas, por reflexões teóricas e experiências que visam melhorar o relacionamento entre os públicos e a vida comunitária, tentando incentivar esses mesmos públicos a participar no debate das questões de interesse colectivo. Sob a influência de elementos teóricos projectados pela teoria da democracia deliberativa, pela reflexão comunitarista e pela obra de John Dewey e também das transformações tecnológicas que incentivam a interactividade, o jornalismo implica hoje uma referência ao reforço da participação dos públicos na cidadania e ao papel que o jornalismo pode desenvolver no reforço dessa participação (Dewey, 2004; Mesquita, 2003; Dahlgren & Sparks, 1991). Simultaneamente, o jornalismo público tem-se afirmado como um movimento que visa ultrapassar alguns contextos de crise que dificultaram o relacionamento entre o jornalismo e a vida cívica, nomeadamente a orientação exclusivamente dirigida para o mercado, o reforço da tendência conhecida pela fusão do entretenimento com a informação (infotainment), o incremento das soft news, e a excessiva dependência de fontes oficiais e de rotina. Neste contexto, o projecto “Agenda dos Cidadãos: jornalismo e participação cívica nos media portugueses”1 surgiu com o objectivo fundamental de identificar, fomentar e experimentar práticas jornalísticas que contribuam para reforçar o compromisso dos cidadãos com a comunidade e a deliberação democrática na esfera pública, numa perspectiva de fortalecimento da cidadania, seguindo o exemplo do chamado jornalismo público e, eventualmente, outras formas de jornalismo comunitário (Glasser, 1999; 2002).porJornalismo publicoMedia regionaisAgenda dos Cidadãos: jornalismo e participação cívica nos media portugueses memória de um projetobook