Silveira, Luís Filipe da Fonseca Lopes daMenezes, Maria da Paz Fontes de Calheiros e2013-02-012013-02-012009-06http://hdl.handle.net/10400.6/993O Autotransplante do baço é uma técnica cirúrgica de conservação já muito discutida e reconhecida pela bibliografia, mas que ainda não é comunmente aceite e muito menos posta em prática. Este órgão desempenha várias funções por demais importantes para que possamos menospreza-las, essencialmente a função de regulação da população eritrocitária e de vigilância imunitária. O baço não é considerado um órgão vital, mas os esplenectomizados ficam mais susceptíveis a infecções graves IFPE (infecção fulminante pós esplenectomia) que em 50% dos casos leva à morte. A asplenia relaciona-se ainda com a recorrência de neoplasias e com o risco de trombose da veia porta Os traumatismos esplénicos, dependendo não só do grau da lesão, mas principalmente do equilíbrio hemodinâmico do doente, podem resolver-se com tratamento conservador não operatório. Se é obrigatória a laparotomia podemos utilizar a rafia simples ou complementada com cola biológica, próteses peri-esplénicas e esplenectomias parciais. Mas, quando a lesão esplénica é de Grau 4 ou 5 com atingimento do pedículo a única forma possível de conservar as funções do baço é realizar o autotransplante. Descrevo a técnica incidindo no tamanho dos cortes, local e forma de implantação apontando os exames complementares de diagnóstico indicados para comprovar que o autotransplante mantém as funções esplénicas. Faço uma discussão baseada em trabalhos experimentais em animais e humanos que analisaram tamanho dos cortes, quantidade de tecido, local de implantação e métodos para testar a conservação das funções esplénicas. Concluo que sempre que a esplenectomia, em caso de trauma, é inevitável a solução para preservação do órgão é o autotransplante.Spleen autotransplantation is a conservative surgical technique long discussed and acknowledged by literature, but still not generally accepted and implemented. This organ plays an important role in various body functions that can’t be despised, essentially in the regulation of erythrocyte population and immune surveillance. The spleen is not considered a vital organ but splenectomized patients have an increased risk of overwhelming post-splenectomy infection that leads to death in 50% of the cases. The asplenism is also correlated with carcinoma recurrence and risk of portal vein thrombosis. The splenic trauma, depending not only in the grade of the lesion, but primarily in the hemodinamic balance of the patient, can be resolved with nonoperative management. If laparotomy can’t be avoided, we can use simple or complemented splenorrhaphy with fibrin glue, absorbable mesh and partial splenectomy. But when the injury is a grade 4 or 5 with pedicle laceration, the only way of preserving splenic functions is by doing an autotransplant. I describe the technique including the slices size of tissue, the site and the surgical technique of implantation, indicating the complementary exams that reveal the maintenance of the splenic functions by the autotransplant. The discussion is based in experiments in animals and humans that analyzed the slices size, amount of tissue, implantation site and ways of testing the preservation of the splenic functions. I concluded that in case of trauma, when splenectomy is inevitable the solution to preserve organ functions remains in the splenic autotransplant.porAutotransplante do baçoBaço - Lesão esplénicaAsplenia - RiscosEsplenoseAutotransplante do baçoRevisão da literaturamaster thesis