Serra, Paulo2010-04-282010-04-281996http://hdl.handle.net/10400.6/521O Cogito cartesiano representa a recusa de fundamentar o saber em qualquer tradição, e a exigência de o fundamentar no Sujeito, entendido como "substância pensante"(é a esse processo que Kant chama "autonomia"). Mas o Cogito cartesiano já é, ele próprio, o "herdeiro"(e, em parte, o contemporâ-neo) filosófico da Ciência e da Técnica emergentes. Sem a nova Física Matemática de Kepler e Galileu, o telescópio de Galileu e as oficinas do Renascimento, seria impensável o "Eu penso, logo existo" de Descartes. Foram a Ciência e Técnica emergentes que, destruindo a concepção antiga e medieval de natureza (o "mundo fechado", para utilizarmos uma expressão de Koyré), fundada na Filosofia de Aristóteles e na Teologia cristã, obrigaram Descartes à procura de um novo fundamento (para o saber, para a acção, para a natureza, para o homem...). […]porCiberespaço - Técnica - Heidegger - McLuhanO problema da técnica e o ciberespaçojournal article