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Authors
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Abstract(s)
Hoje os grandes combates já não se travam pela conservação deste ou daquele grande
monumento, mas sim pela salvaguarda de pedaços inteiros das nossas antigas cidades, de tecidos cuja fábrica urbana foi construída com uma arquitectura doméstica e humilde, mas extraordinariamente expressiva e cheia de significados.
Na arquitectura, uma profunda crise disciplinar provocou substituições de conceitos e uma modificação radical dos discursos. Assim: saltamos da apologia da quantidade para o discurso da qualidade; da advocacia da industrialização para defesa do ambiente; da exaltação do progresso
mecanicista para o regresso à história, ao estudo das origens e dos significados e significantes das permanências urbanas; da apologia do internacionalismo à salvaguarda da cultura dos lugares e das suas memórias; do esforço planificado para a gestão da intempérie e da surpresa; do olhar
bidimensional de um urbanismo colorido pelos mapas de zonamento para a tridimensionalidade da
arquitectura da cidade; do plano para o projecto urbano do “desurbanismo” para o centralismo da cidade residencial; da esséptica renovação urbana para a reabilitação urbana integrada; da
recuperação para reabilitação; da apologia do monumento isolado em pedestal para a defesa dos valores de conjunto, ou seja, para uma prática de salvaguarda e de valorização do património urbano.
O regresso à cidade, ou sobretudo à ideia da cidade como lugar residencial por excelência, coincide com o surgimento das novas indústrias, que nos torna possível sonhar, de novo, com o viver e trabalhar na cidade, com um habitat urbano onde o emprego esteja próximo da residência.
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Keywords
Reabilitação urbana Reabilitação sustentável