Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura
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Browsing Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura by advisor "Amado, Lígia Maria Coelho Andrade Alves Piçarra Pascoal"
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- Estudo da influência de caudais pluviais na capacidade de tratamento do leito de macrófitas da ETAR de Vila FernandoPublication . Santos, Nuno Filipe Silva; Albuquerque, António João Carvalho de; Amado, Lígia Maria Coelho Andrade Alves Piçarra PascoalA entrada de caudais pluviais em redes de drenagem de águas residuais é comum e difícil de estimar. A sua variação e dimensão dependem de factores como o estado de conservação da rede de drenagem, alterações físicas na bacia drenante (e.g. alteração do coberto vegetal ou da área impermeável), o nível freático e o volume de água pluvial escoado, podendo afectar negativamente o tratamento a jusante e aumentar os encargos para operação e manutenção dos sistemas de águas residuais A partir de dados de precipitação recolhidos em três estações udométricas e da delimitação da bacia drenante de Vila Fernando e Vila Fernando Gare (concelho da Guarda), estimou-se o escoamento superficial para o período entre Janeiro de 2008 e Janeiro de 2009. A medição de caudal efectuada à entrada de ETAR de Vila Fernando, para o mesmo período, permitiu observar que existiu uma proporcionalidade entre o aumento do escoamento pluvial superficial e o caudal infiltrado que atingiu a ETAR, tendo este último sido, em média, cerca de 50% do caudal total detectado à entrada daquela infra-estrutura. Verificou-se, ainda, que o caudal médio de origem doméstica (caudal médio de tempo seco) foi cerca de 32% inferior ao valor mínimo previsto no projecto da ETAR, o que pode ser explicado pela falta de ligação de parte da rede de drenagem afecta à ETAR. A entrada de afluências indevidas na ETAR de Vila Fernando afectou o seu desempenho, tendo contribuído para o aumento da carga hidráulica e a diminuição do tempo de retenção hidráulico para valores fora dos intervalos admitidos em projecto, que afectaram a remoção de todos os parâmetros analisados. A remoção de CQO, CBO5 e SST, apesar de baixa, duplicou nos meses com menor pluviosidade, o que significa que o biofilme heterotrófico reagiu melhor à instabilidade causada pela variação de carga hidráulica. A remoção de azoto e fósforo foi sempre baixa (inferior a 25%), independentemente da presença de caudal de infiltração, tendo o fósforo sido removido associalmente por adsorção. A remoção de azoto (maioritariamente na forma de azoto amoniacal), além de baixa, oscilou muito ao longo do temo, tendo sido consequência do fraco desenvolvimento de biofilme nitrificante e das plantas. Estas situações, além de poderem provocar impactes ambientais negativos e significativos no meio receptor, associado à descarga de cargas poluentes não tratadas, podem constituir um encargo de exploração não esperado para a entidade gestora, quer para a reabilitação da rede de drenagem, quer da ETAR.