Browsing by Author "Almeida, Beatriz Esteves"
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- Importância do rastreio de anticorpos tiroideus em pacientes com diabetes mellitus tipo 1: uma revisão sistemáticaPublication . Almeida, Beatriz Esteves; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesA presente dissertação encontra-se subdivida em dois capítulos, onde descrevo a minha experiência profissionalizante na vertente de farmácia comunitária e investigação para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas. O primeiro capítulo corresponde ao projeto de investigação, desenvolvido sob orientação da Professora Doutora Maria Elisa Cairrão Rodrigues Oliveira e intitulado “Importância do rastreio de anticorpos tiroideus em pacientes com diabetes mellitus tipo 1: uma revisão sistemática”. O segundo capítulo descreve as competências adquiridas e atividades desenvolvidas ao longo do estágio curricular em Farmácia Comunitária, realizado na Farmácia Grão Vasco, em Viseu, sob orientação da Doutora Bruna Lopes. Introdução: A diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica crónica cada vez mais prevalente na população mundial. Segundo a American Association of Clinical Endocrinology (AACE), a diabetes mellitus é classificada em 4 grupos distintos: tipo 1 – onde ocorre destruição autoimune das células beta pancreáticas; tipo 2 – resistência à insulina e/ou deficiência na sua produção; diabetes gestacional – ocorre no 2º ou 3º trimestre da gravidez; e, um tipo específico de diabetes devido a outras causas. Focando na diabetes mellitus tipo 1 (DM1), esta caracteriza-se por ter causa autoimune com consequente destruição das células beta pancreáticas estando, desta forma, muitas vezes associada a outras patologias autoimunes, como é o caso das disfunções tiroideias autoimunes. Objetivo: Pretendeu-se, através de uma revisão sistemática da literatura, avaliar a importância do rastreio dos autoanticorpos tiroideus anti-peroxidase (anti-TPO) e antitireoglobulina (anti-TG), bem como a importância de uma monotorização regular da função tiroideia em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática e exaustiva da literatura com recurso às bases de dados PubMed, PubMed PMC e B-on. Para esta pesquisa foram utilizadas as seguintes palavras-chaves: “autoimmunity”, “type 1 diabetes mellitus”, “thyroid dysfunction”, “hypothyroidism” e “hashimoto’s thyroiditis”. Foram incluídas todas as publicações entre janeiro de 2005 e junho de 2021, escritas nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Após análise integral dos artigos e segundo critérios específicos de inclusão e exclusão, obteve-se um total de 13 artigos para análise. Resultados: Uma vez que as doenças autoimunes são mais prevalentes em pessoas mais jovens, a maioria dos estudos analisados incidiu numa população pediátrica, em diversos países. Nos 13 artigos estudados, foi verificada uma prevalência de disfunções tiroideias autoimunes em pacientes do sexo feminino com DM1 e com anticorpos tiroideus anti-TPO e anti-TG positivos. Além disso, pacientes com anticorpos tiroideus positivos demonstraram um risco mais elevado de virem a desenvolver disfunções tiroideias autoimunes nos anos seguintes ao diagnóstico de DM1, em especial, hipotiroidismo subclínico, consequente de tiroidite de Hashimoto, com possível evolução para hipotiroidismo clínico. Conclusão: Em pacientes com DM1, especialmente do sexo feminino, torna-se de extrema importância o rastreio dos anticorpos tiroideus anti-TPO e anti-TG. Estes pacientes devem manter um controlo regular da função tiroideia, quer no momento do diagnóstico de DM1, quer nos anos seguintes a este diagnóstico, devido à forte relação entre ambas as patologias (disfunção da tiroide e DM1). Pacientes com DM1 apresentam um risco acrescido de vir a desenvolver outras doenças autoimunes, como disfunções na glândula tiroideia podendo, desta forma, comprometer a evolução de ambas as patologias, bem como, a sua qualidade de vida.