Browsing by Author "Almeida, Joana Filipa Vieira de"
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- Conflito entre os domínios laboral e familiar em tempos de stress económico: Impacto na saúde mentalPublication . Almeida, Joana Filipa Vieira de; Cunha, Ana Isabel Silva Santos BarbosaO conflito entre o trabalho e a família trata-se de um stressor laboral que acarreta profundas consequências ao nível da saúde mental e que se tem vindo a tornar cada vez mais prevalente devido à atual crise económica e social. Apesar de existirem estudos neste sentido, poucos são aqueles que avaliam o impacto da perceção de stress económico no conflito entre estes domínios, estando portanto esta temática longe de ser definida e compreendida na sua relação com a saúde mental. Esta investigação tem como principal objetivo compreender o impacto da perceção de stress económico no conflito trabalho-família e família-trabalho, e perceber a associação entre este último e o nível de saúde mental. Procurou ainda averiguar possíveis fatores de risco para a doença mental, que em conjunto com o conflito entre o trabalho e a família, agravam os índices de saúde mental. De forma a atingir os objetivos delineados, utilizou-se um questionário sociodemográfico com a finalidade de apurar variáveis sociodemográficas e variáveis relativas à perceção de stress económico. Administrou-se os fatores extraídos (CTF e CFT) de uma subescala da escala Trabalho-Família com o fim de avaliar os níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho. Por último, empregou-se com o objetivo de avaliar a saúde mental o Inventário de Saúde Mental-5. O presente estudo empírico é de natureza quantitativa, de cariz transversal, descritivo e correlacional. Para a realização da presente investigação, recorreu-se a um processo de amostragem não probabilístico ou por conveniência, na qual participaram 287 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 67 anos de idade (=37.51), dos quais 101 pertenciam ao sexo masculino (35.3%) e 185 ao feminino (64.7%). O nosso estudo empírico veio corroborar dados obtidos em pesquisas anteriores, embora tenham sido encontradas também algumas divergências. Principais conclusões sugerem que sujeitos que percecionam que o rendimento não permite satisfazer as principais necessidades da família reportam maiores níveis de conflito entre o trabalho e a família; a saúde mental encontra-se negativamente associada ao conflito trabalho-família e família-trabalho; prevê-se que o género feminino reporte piores índices de saúde mental do que o masculino mantendo constante os mesmos níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho. Prevê-se ainda que sujeitos insatisfeitos relativamente à sua renumeração reportem piores níveis de saúde mental do que indivíduos satisfeitos quando são mantidos os mesmos níveis de conflito trabalho-família e família-trabalho.