Browsing by Author "Alves, Ana Carolina Figueiral Oliva Soares"
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- Fatores de risco e prevenção da colonização e infeção por Enterobacteriáceas Resistentes a CarbapenemesPublication . Alves, Ana Carolina Figueiral Oliva Soares; Maio, António Gonçalves Candeias da GuerraAs bactérias multirresistentes são uma verdadeira ameaça à saúde pública à escala global e a sua incidência tem vindo a aumentar nos últimos anos. São uma consequência da prescrição e administração inapropriada de antibióticos que conduzem ao aumento da resistência dos microrganismos. As Enterobacteriáceas Resistentes a Carbapenemes (ERC) são um grupo de bactérias gramnegativas multirresistentes de crescente preocupação, uma vez que possuem rápida capacidade de disseminação. Estas provocam frequentemente surtos de infeção, estando associadas a condições com elevadas taxas de morbilidade e mortalidade e as suas opções terapêuticas são bastante limitadas. Elas têm um elevado potencial de transmissão por contacto direto, sobrevivendo e multiplicando-se perante concentrações relevantes de carbapenemes. Os hospedeiros colonizados por estas Enterobacteriáceas podem permanecer assintomáticos e, simultaneamente, servirem como reservatórios destas bactérias. Elas causam também infeções associadas aos cuidados de saúde, como bacteriemia, pneumonia e infeção do trato urinário. Estas bactérias têm não só um enorme impacto clínico, como também graves consequências a nível socioeconómico. Os fatores de risco para colonização ou infeção por ERC incluem exposição aos cuidados de saúde, com internamentos prolongados ou frequentes em Unidades de Cuidados Intensivos ou em Unidades de Cuidados de Longa Duração, utilização de antibioterapia de largo espectro, presença de dispositivos invasivos, procedimentos cirúrgicos e invasivos, comorbilidades do doente, imunossupressão, transplante, quimioterapia, diálise, contacto próximo com um caso conhecido e viagens internacionais. As medidas preventivas, se adotadas de forma correta e como parte de uma abordagem multimodal, têm um enorme potencial. Essas medidas incluem isolamento de contacto, coorte dos doentes e dos profissionais, formação e treino dos profissionais, diminuição do uso de dispositivos invasivos, higiene das mãos e desinfeção do ambiente, prescrição adequada de antibióticos e banho de clorohexidina. Há que identificar precocemente os doentes infetados ou colonizados através de rastreios microbiológicos para que sejam implementadas as medidas de prevenção e controlo de infeção e assim evitar a transmissão cruzada. São impreteríveis o controlo de fatores de risco e o correto cumprimento das medidas de prevenção.
