Browsing by Author "Carreira, Ana Rute Gonçalves"
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- Fatores que levam ao abandono precoce da amamentaçãoPublication . Carreira, Ana Rute Gonçalves; Carvalho, Cristiana Mafalda MendesIntrodução O aleitamento materno está na base de um bom crescimento e desenvolvimento biológico e social das crianças, conferindo inúmeras vantagens para estas e para as mães. As recomendações atuais sugerem o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Estudos recentes apontam para um decréscimo significativo da manutenção do aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida. Objetivos Avaliar a duração do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida e identificar as razões que levam à não amamentação ou ao seu abandono. Métodos Estudo observacional prospetivo através da aplicação de cinco questionários às puérperas cujo parto ocorreu entre 01 de Fevereiro e 31 de Março de 2016 no Centro Hospitalar Cova da Beira, sendo o primeiro realizado presencialmente no internamento do pós-parto e os restantes via telefone/e-mail ao final da 1ª semana e do 1º, 3º e 6º mês. Resultados Aceitaram participar no estudo 70 puérperas. Ao final dos 6 meses de seguimento, 36,8% das mães tinha abandonado a amamentação. As razões referidas mais comumente para o abandono foram a “falta de leite materno” e o facto de o “bebé não ficar satisfeito”, de imediato seguidas pelas “questões laborais” e pelos “problemas mamários”. Na 1ª semana os motivos invocados são sobretudo relacionados com a lactação e com a adaptação pediátrica à amamentação. Nos meses seguintes, as causas passam a incluir fatores maternos, como o “cansaço” ou “problemas de saúde”, pediátricos, “falta de interesse do bebé” e socioculturais, “emprego”, “comodismo/independência” e “estar na altura”. O número reduzido da amostra não permitiu obter significância estatística na relação do abandono precoce com fatores sociodemográficos, referentes ao parto, história obstétrica materna ou preparação materna para a amamentação. Conclusão O abandono precoce da amamentação pode ter diversas causas subjacentes, algumas passíveis de intervenção. Os mitos acerca do aleitamento materno precisam de ser desconstruídos a fim de reduzir o abandono precoce da amamentação e o consequente desperdício da sua riqueza nutritiva, imunológica e emocional.