Browsing by Author "Comboio, Graciano Agostinho Camilo"
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- Análise do potencial da energia das ondas no litoral de angola para a produção de eletricidadePublication . Comboio, Graciano Agostinho Camilo; Calado, Maria do Rosario AlvesO setor energético é um dos que oferece maiores desafios para Angola. O Governo angolano tem realizado várias ações para melhorar o sistema elétrico; não obstante, os resultados continuam longe de satisfazer as necessidades reais de desenvolvimento e as expetativas da população. Por isso, há ainda um longo caminho a percorrer; é fundamental a organização, investimento e a regulação para tornar a eletricidade mais acessível à população. Anualmente, a procura de eletricidade no país cresce em média cerca de 12% e esse número tende a aumentar à medida que o tempo passa. Assim, é necessário criar condições para a estabilização do fornecimento de energia elétrica com fiabilidade; reabilitar, construir e expandir as infraestruturas; interligar os sistemas de produção de eletricidade (Norte, Centro e Sul) e regional (SADC); implementar um tarifário justo, que reflita os custos, de modo a estimular o investimento; melhorar a eficiência e qualidade do produto e serviços de fornecimento. O Plano de Ação do Ministério da Energia e Águas (MINEA), para o período de 2013-2017, reforçou o foco em grandes centrais hidroelétricas através da construção de 2.060 MW para Laúca e de 960 MW para Cambambe II. Atualmente, estes projetos já se encontram em fase de conclusão. Entretanto, existem outros projetos hidroelétricos importantes planeados e alguns que já estão em fase de construção, nomeadamente o de Caculo Cabaça (será o maior aproveitamento hidroelétrico do país), Jamba-Ya-Mina, Jamba-Ya-Oma e Baynes, que é um projeto conjunto com a Namíbia, localizado na fronteira. Olhando para as alterações climáticas que têm ocorrido no mundo, devido à elevada quantidade de gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, é responsabilidade de cada Governo criar políticas para o desenvolvimento do país de forma sustentável e limpa, por forma a se reduzir ao máximo os níveis de poluição, contribuindo assim para uma vida saudável na terra. A energia desempenha em qualquer país um papel essencial no desenvolvimento económico e social, proporcionando a elevação dos padrões de qualidade e de bem-estar da população. Assim sendo, Angola reviu em 2014 A Lei Geral da Eletricidade, datada de 31 de Maio de 1996, surgindo com novas Políticas e Estratégia de Segurança Energética Nacional, através do Decreto presidencial n.º 256/11, de 29 de Setembro aprovada em 2008, que define as principais orientações estratégicas para o setor da energia, incluindo a redefinição do quadro institucional vigente, permitindo o crescimento de parques de geração, eletrificação e expansão da rede, revisão tarifária e sustentabilidade económico-financeira, reestruturação e fortalecimento dos operadores do setor da energia, promoção do capital e o aproveitamento das energias renováveis de até 74% da potência instalada, com o recurso hídrico a representar 66% e as restantes energias renováveis 8%, tendo como preocupação a inclusão do meio rural, com o fim de atender ao consumo interno, para 50% a 60% da população e às exportações até 2025. Com uma meta de se ter 95% de toda a capacidade adicional de produção de energia a partir de fontes de energias renováveis até 2030, como estabelecido no Livro Branco CEEAC. Desta feita, a presente dissertação tem como propósito o estudo da viabilidade de aproveitar o potencial da energia dos oceanos (ondas) existentes em Angola, como uma das opções a incluir nas políticas energéticas do país, explorando ao máximo os recursos renováveis para a produção de energia elétrica, de forma limpa e sustentável, com o mínimo de impacto ambiental, contribuindo fundamentalmente para a economia angolana, a população e a melhoria da qualidade do meio ambiente que nos rodeia.