Browsing by Author "Curto, Raquel Freire"
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- Eco-Inovação e Capacidade Inovadora EmpresarialPublication . Curto, Raquel Freire; Madeira, Maria José Aguilar; Fuinhas, José Alberto Serra Ferreira RodriguesA presente investigação visa a identificação dos benefícios ambientais que determinam a capacidade inovadora das empresas portuguesas, quando é introduzido um novo ou significativamente melhorado produto, processo ou método organizacional ou de marketing nos seus sistemas de produção. Este estudo para além de contribuir para a literatura já existente sobre este tema também analisa dez diferentes tipos de benefícios ambientais obtidos pelas empresas em Portugal. Baseia-se na análise de um quadro teórico sobre a evolução do conceito de inovação e das diferentes abordagens que nele se inserem, bem como o conceito de eco-inovação e as barreiras e motivações à introdução da mesma nas empresas portuguesas. Com a base nos dados do Inquérito Comunitário à Inovação de 2014 (CIS 2014) que têm por base o quadro conceptual previsto no Manual de Oslo e as recomendações metodológicas do EUROSTAT, realizado entre os anos de 2012 e 2014, foi possível identificar e analisar a relação entre os benefícios ambientais obtidos dentro da empresa e pelo consumidor final com a capacidade inovadora empresarial. Dentro da empresa analisaram-se seis benefícios ambientais: 1) redução do material e água; 2) redução do CO2; 3) redução do ar, água e poluição; 4) substituição por materiais menos poluentes; 5) substituição para fontes de energias renováveis; 6) reciclagem de resíduos, água ou materiais. Relativamente aos benefícios ambientais obtidos pelo consumidor final durante o consumo ou utilização de bens e serviços, estudam-se 4 variáveis: 1) redução do CO2; 2) redução do ar, água e poluição; 3) reciclagem fácil após a utilização; 4) extensão de vida útil dos produtos. As hipóteses de investigação formuladas neste trabalho foram testadas com base no modelo de regressão logística, que permitiu estudar a relação existente entre as variáveis apresentadas anteriormente. Nos resultados obtidos, embora mostrem, na sua maioria, um efeito positivo entre a capacidade inovadora das empresas e os benefícios ambientais obtidos dentro da empresa, verifica-se que as variáveis consideradas diferem consoante o tipo de inovação - produto, processo, organizacional e de marketing. Assim, em grande parte dos resultados constata-se que as empresas têm uma maior propensão a inovar no produto, no processo, organizacionalmente e em marketing, quando introduzem bens ou serviços novos ou significativamente melhorados com benefícios ambientais dentro da empresa. Em relação aos benefícios ambientais obtidos durante o consumo ou utilização de bens e serviços por parte do consumidor observa-se um efeito negativo entre as variáveis em estudo. Este estudo para além de contribuir para a literatura já existente, fornece também novas evidências ao nível do desempenho inovador e ambiental das empresas portuguesas.