Browsing by Author "Gomes, Nuno Francisco de Lima e"
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- Comparação entre o impacto das diferentes técnicas de prostatectomia radical na disfunção erétil: Revisão sistemática da literaturaPublication . Gomes, Nuno Francisco de Lima e; Antunes, Hugo Manuel Pontes; Cordeiro, Agostinho; Moreira, DiogoIntrodução: O cancro da próstata é a segunda neoplasia mais frequentemente diagnosticada no sexo masculino em todo o mundo, e uma das principais causas de morte relacionada com cancro. No entanto, devido ao rastreio precoce e aos tratamentos eficazes, estes números têm vindo a diminuir. Assim, sendo a prostatectomia radical uma das abordagens terapêuticas mais largamente usadas, os seus outcomes funcionais, como a disfunção erétil, assumem um papel de elevada relevância, que deve ser considerado no processo de decisão terapêutica partilhada. Objetivo: Determinar qual técnica cirúrgica apresenta menor impacto na função erétil pós-operatória. Métodos: A pesquisa, conduzida nas bases de dados PubMed e Scopus, utilizou os critérios PRISMA para revisão sistemática da literatura. Doze artigos, publicados entre 2014 e 2024, foram selecionados para análise, abrangendo estudos da Europa, Ásia, Oceânia e América do Norte. Resultados: Seis artigos analisaram a incidência da disfunção erétil após prostatectomia radical aberta (ORP) comparativamente à prostatectomia radical assistida por Robô (RARP). Três dos artigos comparam a incidência da disfunção erétil após prostatectomia radical laparoscópica (LRP) comparativamente a RARP. Um artigo comparou ORP com a LRP. E por último, dois artigos comparam a incidência de disfunção erétil entre as três técnicas de prostatectomia radical, ORP, LRP e RARP. Os resultados indicam que a RARP pode ter vantagens em relação à ORP, a curto prazo pós cirurgia. A RARP e a LRP demonstram resultados semelhantes nas taxas de disfunção erétil, embora a qualidade percebida da função erétil possa ser superior com a RARP. A comparação entre ORP e LRP não revelou diferenças significativas na disfunção erétil. Estudos que compararam as três técnicas sugerem que a RARP, apesar de apresentar inicialmente algumas vantagens relativamente a função erétil pós-operatória, estas diferenças tendem a diminuir no seguimento a longo prazo. Conclusão: Nenhuma técnica cirúrgica é superior na recuperação da função erétil. A escolha deve ser individualizada, considerando as características do paciente, expectativas e a importância da função erétil. A experiência do cirurgião, a preservação do feixe neurovascular e a idade do paciente são fatores que influenciam a recuperação da função erétil, independentemente da técnica utilizada.
