Browsing by Author "Helder, Sylvia Melanie Sotto Maior"
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- Qualidade de vida dos doentes com esquizofrenia da região da Cova da BeiraPublication . Helder, Sylvia Melanie Sotto Maior; Leitão, Carlos Manuel de Moura Martins; Oliveira, Vítor Manuel Sainhas deIntrodução: O conceito de qualidade de vida foi definido pela Organização Mundial de Saúde como sendo a percepção do indivíduo da sua posição na vida e no contexto cultural e de sistema de valores no qual este se insere e, em relação aos seus objectivos, expectativas, padrões e preocupações (1). Sendo a Esquizofrenia uma doença crónica que afecta aproximadamente 1% da população mundial e, uma das doenças mais incapacitantes da psiquiatria com um efeito profundo nos indivíduos e nas suas famílias é de esperar que esta doença tenha um efeito negativo sobre a sua qualidade de vida (2). Diversos estudos (3, 4) foram feitos com o intuito de se poder identificar quais os factores que influenciam a qualidade de vida dos doentes com esquizofrenia, mas, os resultados não são consensuais (3). Objectivo do estudo: Com este estudo pretendemos caracterizar os diferentes domínios da qualidade de vida dos doentes com esquizofrenia e, determinar quais as variáveis sociodemográficas, clínicas, estilos de vida e comportamentos aditivos que têm uma influência sobre a mesma. Métodos: Tratou-se de um estudo essencialmente quantitativo, transversal e exploratório, com uma amostra de conveniência de 50 doentes com o diagnóstico de Esquizofrenia, seguidos nas consultas do Departamento de Psiquiatria do Hospital Pêro da Covilhã. Aplicou-se uma escala de avaliação da qualidade de vida - World Health Organization Quality Of Life - Bref (WHOQOL-Bref) - e um questionário para a obtenção de dados relativo às variáveis sociodemográficas e clínicas. Resultados/Discussão: Tratou-se de uma amostra de indivíduos maioritariamente: masculina, solteira, com baixa escolaridade e profissionalmente inactiva e vivendo com familiares. A maioria dos doentes apresentava o subtipo de Esquizofrenia Paranóide, teve múltiplos internamentos e todos estavam medicados com antipsicóticos. Apresentavam uma média de qualidade de vida baixa. O local da entrevista teve uma influência no domínio psicológico da qualidade de vida dos doentes. O tipo de antipsicótico oral influenciou todos os domínios da qualidade de vida mas não a qualidade de vida em geral e, a presença de pensamentos suicidas em algum momento da vida dos doentes teve um impacto negativo no domínio psicológico da sua qualidade de vida. Conclusão: O estudo dos efeitos dos diversos factores que fazem parte da vida dos doentes com esquizofrenia e a sua influência na qualidade de vida demonstra a complexidade das intervenções que são necessárias. A influência da família na qualidade de vida dos doentes é inequívoca, sendo por isso importante apostar nas intervenções psico-educativas para as famílias e na sua reabilitação social. Concluindo, a sua abordagem requer um enquadramento multidimensional e multidisciplinar.