Browsing by Author "Martins, Filipa Daniela Correia"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Síndrome do Intestino Curto em Crianças: análise crítica dos métodos terapêuticosPublication . Martins, Filipa Daniela Correia; Santos, Jorge Luiz dosA Síndrome do Intestino Curto (SIC) em crianças é uma condição complexa caracterizada pela perda física e/ou funcional de parte do intestino delgado e/ou grosso, comprometendo a absorção eficaz de nutrientes essenciais como gorduras, hidratos de carbono, vitaminas e minerais. Na infância, esta síndrome pode resultar de malformações congénitas ou ressecção cirúrgica extensa. Face ao comprometimento da capacidade de absorção e à necessidade de garantir um aporte nutricional adequado para o crescimento e desenvolvimento infantil, a nutrição parentérica surge como uma intervenção de primeira linha. Esta abordagem proporciona suporte nutricional enquanto se procura promover a adaptação do intestino delgado remanescente. No entanto, o uso prolongado de nutrição parentérica está associado a diversas complicações, sublinhando a importância de uma estratégia médico-cirúrgica personalizada. O tratamento da SIC em crianças abrange várias opções terapêuticas. Para além da nutrição parentérica, incluem-se as terapias hormonais, como a utilização de análogos do peptídeo-2 semelhante ao glucagon específico do intestino (GLUT-2), e as cirurgias de alongamento intestinal. O transplante intestinal é reservado para casos graves, particularmente naqueles onde há uma a impossibilidade de nutrição adequada pelas vias enteral e/ou parenteral ou nos casos associados a doença hepática progressiva e complicações relacionadas com cateteres venosos centrais. O objetivo principal do tratamento é promover a adaptação intestinal, melhorar o perfil nutricional e minimizar complicações. Uma abordagem personalizada é essencial no tratamento da SIC, tendo em consideração as causas específicas da Insuficiência Intestinal em cada criança. Esta estratégia multifacetada visa não apenas a gestão dos sintomas, mas também a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento adequado destes pacientes pediátricos.