Browsing by Author "Martins, Joana Raquel Melo da Costa"
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- Influência do pré-tratamento com Aspirina e Estatina na incidência e evolução dos outcomes do AVC isquémicoPublication . Martins, Joana Raquel Melo da Costa; Álvarez Pérez, Francisco JoséIntrodução: O AVC é a principal causa de morte em Portugal (2), definido como o desenvolvimento rápido de défice neurológico de causa vascular focal, com duração superior a 24 horas ou se demonstrado enfarte cerebral (3). Relativamente ao tratamento do AVCi, a Aspirina mostrou ser o único antiagregante plaquetário seguro e eficaz no seu tratamento agudo (3). As Estatinas são efectivas na prevenção primária e secundária do AVCi, além de eficazes na prevenção e progressão durante a sua fase aguda. No entanto, não há consenso em relação ao benefício do pré-tratamento com estes fármacos (7). Objetivos: Relacionar o pré-tratamento com Aspirina e Estatina e os outcomes do AVCi (evolução clínica e imagiológica, mortalidade e seguimento), de modo a melhorar o prognóstico destes doentes. Secundariamente, identificar quais dessas variáveis estarão associadas à mortalidade no internamento e à dependência aquando à alta médica. Materiais e métodos: Estudo retrospetivo, com base na análise de processos clínicos de indivíduos internados na unidade de AVCs do CHCB, entre 1 de Setembro de 2007 e 1 de Novembro de 2009, com diagnóstico confirmado de AVCi ou AIT. Resultados: Constatou-se a presença de associação estatisticamente significativa entre o pré-tratamento com Aspirina e Estatina e o sexo (p=0,006), HTA (p=0,001), DAC (p<0,001), colesterol total (p=0,006), colesterol LDL (p=0,010), triglicerídeos (p=0,026) e D-dímeros (p=0,013). Relativamente à morte no internamento, verificou-se uma associação significativa com a FA (p=0,001), NIHSS (p<0,001), classificação OCSP (p<0,001) e TOAST (p=0,004), D-dímeros (p=0,001), colesterol total (p=0,017), colesterol LDL (p=0,036) e triglicerídeos (p<0,001), deterioração neurológica (p<0,001), transformação hemorrágica (p<0,001) e recorrência do AVCi (p=0,007). Já o sexo (p=0,001), idade (p<0,001), hábitos etílicos (p=0,005), NIHSS (p<0,001), classificação OCSP (p<0,001), colesterol total (p=0,003), colesterol LDL (p=0,011), triglicerídeos (p<0,001), hematócrito (p<0,001), leucócitos (p=0,014), glicose (p=0,029), VS (p=0,010), D-dímeros (p<0,001), fibrinogénio (p<0,001) e PCR (p<0,001), deterioração neurológica (p<0,001), transformação hemorrágica (p<0,001) e recorrência aos 6 (p=0,012) e 12 meses (p=0,010) mostraram associação estatisticamente significativa com a dependência aquando à alta médica. Conclusão: Apesar da associação entre o pré-tratamento com Aspirina e Estatina e os outcomes do AVCi não ser estatisticamente significativa, verificou-se que os valores de colesterol total, colesterol LDL, triglicerídeos e D-dímeros estão significativamente associadas ao pré-tratamento com Aspirina e Estatina, à ocorrência de mortalidade no internamento e à dependência aquando à alta médica. No entanto, consideram-se necessários mais estudos, prospectivos e com amostras de maior tamanho, para verificarem com mais rigor estes resultados e identificarem novas associações.