Browsing by Author "Moniz, Pedro Vieira Correia"
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- A Autorregulação Emocional e a Autodeterminação em AdolescentesPublication . Moniz, Pedro Vieira Correia; Guimarães, Sandra Carina MachadoA Autorregulação Emocional pode ser definida como todos os processos que são ativados pelo sujeito aquando do surgimento de uma emoção, de forma a ser possível redirigi-la e responder, com ela, o mais eficaz e adequadamente possível ao motivo ou contexto desencadeante (Cole, Martin, & Dennis, 2004 as cited in Martins, 2007). Por seu turno, a Autodeterminação consiste na capacidade consciente do sujeito em saber que possui escolhas e de tomar a decisão, ao invés de se deixar influenciar por condicionalidades de reforço, impulsos ou quaisquer outras forças que possam influenciar as suas escolhas (Deci e Ryan, 1985). Segundo a literatura, à medida que os jovens entram na adolescência a tendência é para estes se tornarem cada vez mais regulados emocionalmente e cada vez mais autodeterminados. Ao mesmo tempo, verifica-se que estes tendem a se regular emocionalmente e a se tornarem autodeterminados de forma diferente, segundo o seu género sexual. O objetivo desta dissertação consistiu em compreender de que modo a autorregulação emocional se relaciona com a autodeterminação na fase da adolescência e quais as suas diferenças de acordo com o género e a idade. Participaram, neste estudo, 57 adolescentes (27 do género feminino e 30 do género masculino) com idades entre os 10 e os 16 anos. A recolha de dados foi realizada em diferentes estabelecimentos de ensino da zona centro do país recorrendo a três instrumentos de avaliação: (1) Questionário Sociodemográfico, (2) a Escala da Autodeterminação (Sheldon & Deci, 1996; versão portuguesa de Silva et al., 2010), atualmente designada Perceived Choice and Awareness of Self Scale (PCASS) e (3) a Escala de Regulação Emocional (MacDermott, Gullone, Allen, King e Tong, 2010; versão portuguesa de Reverendo e Machado, 2010). Em termos gerais, os resultados obtidos não são conclusivos e alertam-nos para necessidade de aprofundar a relação alargando a novos estudos que envolvam um maior número de participantes e o confronto com outras medidas de avaliação comportamentais e fisiológicas. Assim não é possível estabelecer-se uma relação direta entre a autodeterminação e a regulação emocional embora a literatura aponte para que ambas as variáveis aumentem com o tempo. Não se verificaram também diferenças estatisticamente significativas nos comportamentos de regulação emocional e autodeterminação, em termos de idade e do género.