Browsing by Author "Montoya, Esperanza Moreira de Almeida"
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- Avaliação do consumo dos principais Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) com potencial de uso recreativo em PortugalPublication . Montoya, Esperanza Moreira de Almeida; Alba, Maria Eugénia Gallardo; Rosado, Tiago Alexandre PiresO presente relatório foi elaborado no âmbito da unidade curricular “Estágio” do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Universidade da Beira Interior. É composto por três capítulos: experiência profissionalizante na vertente de investigação, de farmácia comunitária e de farmácia hospitalar. O primeiro capítulo, referente à componente de investigação, intitula-se “Avaliação do consumo dos principais Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) com potencial de uso recreativo em Portugal”. Estes medicamentos são indicados para o tratamento de problemas de saúde ligeiros e sem gravidade, podendo ser adquiridos sem receita médica em farmácias comunitárias ou noutros locais autorizados. Embora tenham um perfil de segurança bem estabelecido, o portfólio de substâncias com potencial de abuso tem vindo a incluir cada vez mais destes medicamentos, particularmente, aqueles com efeitos psicoativos. De modo a avaliar a utilização dos principais MNSRM descritos na literatura com potencial de uso abusivo para fins recreativos (benzidamina, dextrometorfano, loperamida, difenidramina, clorofenamina, pseudoefedrina, dimenidrinato e butilescopolamina) a nível nacional, assim como o conhecimento dos farmacêuticos comunitários portugueses acerca do mesmo, foi realizado um estudo observacional, analítico e transversal. Para tal, implementou-se um inquérito online na Plataforma Google Forms e o tratamento estatístico dos dados obtidos foi feito através da plataforma Google Sheets e do programa IBM SPSS Statistics 29.0.1.1. Participaram neste estudo 241 farmacêuticos comunitários, maioritariamente do género feminino (72,2%), e cujos anos de início de atividade profissional variam entre 1978 e 2024. Foram obtidas respostas de zonas rurais (6,6%), suburbanas (17,4%) e urbanas (75,9%). Os dados obtidos permitiram concluir que apenas 51,0% dos farmacêuticos inquiridos reconhecem a existência de uso recreativo de MNSRM no país. Dos princípios ativos apresentados, os três mais indicados como sendo os mais procurados foram a pseudoefedrina (35,8%), o dextrometorfano (24,4%) e a loperamida (17,1%). Dos inquiridos que consideram existir uso recreativo de MNSRM em Portugal, 57,7% afirmam ter detetado casos nas suas farmácias e 74,8% consideram que este valor tem vindo a aumentar no país. A maior parte dos casos identificados foi por parte de utentes “de passagem” (62,6%), entre os 18 e os 30 anos (inclusive) (55,3%) e do sexo masculino (80,5%). Apenas 61,8% dos inquiridos tinham conhecimento prévio sobre o uso recreativo dos MNSRM apresentados. Os farmacêuticos com mais experiência demonstraram menor probabilidade de reconhecer esta prática e aqueles que identificaram casos de uso recreativo tendem a estar mais cientes do potencial abusivo para fins recreativos dos princípios ativos em estudo. Todos os inquiridos que responderam ter detetado casos de uso recreativo de MNSRM nas suas farmácias indicam que estes não devem ser vendidos fora das mesmas e todos os farmacêuticos que participaram no estudo consideram importante o seu papel na intervenção em casos de uso recreativo destes medicamentos. No segundo capítulo são descritas as atividades desenvolvidas durante o estágio curricular em Farmácia Comunitária, realizado durante 12 semanas, com início a 5 de fevereiro e término a 26 de abril de 2024, na Farmácia Internacional em Lisboa, sob a orientação da Dr.ª Eunice Cruz. Por último, no terceiro capítulo resumem-se as atividades desenvolvidas durante o estágio curricular em Farmácia Hospitalar, nos Serviços Farmacêuticos da Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões, no período de 8 semanas compreendido entre 29 de abril e 21 de junho de 2024, sob a orientação da Dr.ª Susana Carvalho.