Browsing by Author "Nascimento, Alexandra Saraiva"
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- Quais as Reais Vantagens da RTU-P Bipolar em Relação à RTU-P Monopolar?Publication . Nascimento, Alexandra Saraiva; Pereira, Bruno Alexandre Guerra JorgeIntrodução: Atualmente estão disponíveis três abordagens terapêuticas para os doentes com Hiperplasia Benigna da Próstata. Estas opções consistem em vigilância e controlo periódico; terapêutica farmacológica com fitoterapia, bloqueadores alfa-adrenérgicos e inibidores da 5-alfa-redutase ou terapêutica combinada; e terapêutica cirúrgica, minimamente invasiva ou invasiva. O advento da terapia médica para o tratamento dos sintomas de HBP levou a uma diminuição das taxas de intervenção cirúrgica e ao aumento da idade dos pacientes tratados cirurgicamente. Contudo, a eficácia do tratamento médico não é equiparável aos resultados obtidos com a ressecção transuretral da próstata. Os alfa-bloqueadores não modificam o crescimento da próstata, e os inibidores do crescimento da próstata, como a finasterida ou a dutasterida, necessitam de toma prolongada para exercer o seu efeito. Por outro lado, em muitos casos, são insuficientes para o alívio dos sintomas miccionais. Assim, a resseção transuretral da próstata constitui o tratamento cirúrgico gold standard no tratamento de próstatas de pequena a média dimensão. Objetivo do estudo: Analisar a idade, classificação ASA, perdas hemáticas, volume prostático pré-operatório, quantidade de tecido ressecado e complicações dos pacientes submetidos a resseção transuretral bipolar da próstata. Além disso, pretende-se verificar a existência de uma correlação estatística entre as variáveis estudadas. Pretende-se ainda, relacionar os resultados obtidos para a ressecção transuretral bipolar da próstata com a resseção transuretral monopolar da próstata. Materiais e métodos: A amostra populacional do estudo é constituída por pacientes submetidos a cirurgia de resseção transuretral bipolar da próstata no Centro Hospitalar Cova da Beira, durante o período compreendido entre 2014 e 2016, inclusive. Resultados: Dos 72 pacientes submetidos a resseção transuretral da próstata bipolar, a maioria, 48 pacientes, apresentaram disgnóstico primário de hiperplasia benigna da próstata, tendo sido os restantes submetidos a este procedimento devido a outro diagnóstico. Em relação aos pacientes operados devido ao diagnóstico primário de hiperplasia benigna da próstata, observou-se que a idade média dos pacientes foi 71,40 anos. A frequência relativa da classificação ASA destes pacientes foi ASAII (61,11%), ASA III (36,11%), ASA I (2,78%). O volume prostático pré-operatório foi em média 41,31cc e o tempo médio de cirurgia foi 52,95 minutos. A duração do internamento foi em média 4,07 dias e a quantidade de tecido ressecado foi, em média, 10,86g. Obteve-se uma correlação significativa e positiva entre a duração da cirurgia e quantidade de tecido ressecado (r=0,910; p<0,01), entre a duração da cirurgia e o volume prostático pré-operatório (r=0,621, p<0,01) e entre o volume prostático pré-operatório e a quantidade de tecido ressecado (r=0,668; p< 0,01). Observou-se uma relação estatisticamente significativa em relação ao volume prostático pré-operatório e as perdas hemáticas (p<0,05). Verificaram-se também diferenças significativas na relação entre a quantidade de tecido ressecado e as perdas hemáticas (p <0,05). Além disso, a duração do internamento apresentou diferenças significativas (p <0,05) relativamente às classificações ASA II e ASA III. Conclusão: Os resultados encontrados corroboram a literatura. Não existem diferenças clinicamente relevantes na eficácia a curto prazo entre a resseção transuretral monopolar da próstata e a resseção transuretral bipolar da próstata. Não obstante, a técnica bipolar é preferível, por apresentar uma menor incidência de síndrome pós-resseção transuretral da próstata.