Browsing by Author "Oliveira, Catarina Isabel Barrosa"
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- Mortalidade perinatal na Região da Beira Interior: uma revisão de 20 anosPublication . Oliveira, Catarina Isabel Barrosa; Rodrigues, Nélia Lamberta Pereira; Ferreira, Dário Jorge da ConceiçãoIntrodução A taxa de mortalidade perinatal (TMP) afigura-se como indicador chave refletor da qualidade da assistência obstétrica, intraparto e neonatal. Em Portugal, a tendência tem sido decrescente e, em 2018, a taxa era de 4 óbitos/1000 nascidos vivos, tendo a Cova da Beira sido apontada, em 2014, como uma das zonas de maior carga de morte perinatal. A prevenção da mortalidade perinatal (MP) passa por reconhecer os fatores de risco. Objetivos Analisar a totalidade dos casos de MP ocorridos desde janeiro de 1999 até dezembro de 2018 na Região da Beira Interior (hospitais Pêro da Covilhã, Amato Lusitano e Sousa Martins). Pretende-se comparar o padrão de mortalidade regional com o global e identificar os principais fatores de risco maternos, gestacionais, de assistência, fetais ou neonatais preditores do resultado e apontar possíveis medidas preventivas. Materiais e Métodos A amostra considerada para o estudo retrospetivo foi a população total de óbitos perinatais ocorridos (179 casos). Após consulta de bibliografia, reuniram-se variáveis específicas para a recolha uniforme e fidedigna de dados, e estes foram analisados através do programa Software Package for Social Sciences, recorrendo à estatística descritiva e inferencial, considerando-se o nível de significância de 0.05. Resultados A TMP foi de 4.8 óbitos por 1000 nascidos vivos, tendo-se contado 158 mortes fetais tardias e 21 neonatais precoces. Das condições pré-parto, nenhum dos fatores de risco expectáveis foi encontrado de forma maioritária. Os partos pré-termo totalizaram 46.93% dos casos e o baixo peso ao nascer 53.93%. As malformações do recém-nascido ocorreram em 12.29% e contaram-se 62 casos de asfixia/anóxia fetal. Conclusão A MP ainda continua a ocorrer na Região da Beira Interior, notando-se, no entanto, uma tendência decrescente ao longo dos 20 anos em estudo. Das condições préparto, da gravidez atual e pós-parto analisadas, nenhuma se salientou como justificação para o desfecho, pelo que se comprova o caráter etiológico multifatorial da MP.