Browsing by Author "Pereira, Mariana Figueiredo"
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- Avaliação pós-operatória da cirurgia aberta da articulação temporomandibular: um estudo prospetivo. Resultados preliminaresPublication . Pereira, Mariana Figueiredo; Ângelo, David Serrano Faustino; Nunes, Célia Maria PintoIntrodução: Doentes com disfunções da articulação temporomandibular (ATM) refratárias a outros tratamentos menos invasivos são por vezes submetidos a cirurgia aberta da articulação temporomandibular. Existe pouco conhecimento científico sobre o pósoperatório desses doentes, nomeadamente na introdução e progressão alimentar. Objetivos: Pretende estudar a recuperação funcional de doentes submetidos a cirurgia aberta da ATM durante o primeiro mês pós-operatório. Materiais e métodos: Doentes com critérios para cirurgia aberta da ATM foram selecionados para participar neste estudo. Foi realizado um acompanhamento do período pós-operatório (30 dias) com um questionário telefónico com 19 questões em intervalos de 3 dias. Foi avaliada a dor durante funções mastigatórias essenciais, cansaço durante a mastigação, desconforto na abertura da boca, desconforto para mastigar alimentos com diferentes graus de dureza, desconforto para o retorno às atividades laboral e física, uso de analgésicos em SOS e grau de satisfação dos doentes em relação às expectativas antes da cirurgia. Resultados: Foram incluídos 4 doentes submetidos a cirurgia da articulação temporomandibular entre dezembro de 2020 e novembro de 2021. Todos os participantes são do sexo feminino e com média de idades de 39 ± 23,47 anos (variando entre os 24 e 74 anos). Conclusões: Verificou-se que a dor durante a fala é ligeira ao 15.º dia e durante a mastigação ao 24.º. No que concerne ao desconforto na abertura da boca e no cansaço durante a mastigação estes são ligeiros 30 dias após a cirurgia. O desconforto para reiniciar as atividades tanto física como laboral são considerados ligeiros a partir do 18.º dia pósoperatório pelo que a partir deste dia seja expectável o retorno à atividade laboral. Tendo em conta os resultados é expectável que os doentes consigam iniciar uma dieta com alimentos muito moles ao 6.º dia aumentando o grau de dureza dos mesmos a cada 6 dias. A0 30.º dia a avaliação do grau de satisfação relativamente às expectativas anteriores à cirurgia, ao alívio dos sintomas e à função mastigatória foram próximas do valor máximo o que denota os excelentes resultados e recuperação apesar de se tratar de uma intervenção invasiva. Acredita-se que este estudo constitua uma mais-valia para a criação de protocolos de recuperação pós-cirurgia mais adequados.