Browsing by Author "Pereira, Mariana Maia Dias"
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- O isolamento social e a solidão na demência: o inimigo ocultoPublication . Pereira, Mariana Maia Dias; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás Martins; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazIntrodução: A sociedade, sobretudo os países desenvolvidos, enfrenta crescentes desafios com o exponencial envelhecimento da população. Assim, doenças associadas ao envelhecimento, como a síndrome demencial, têm apresentado um crescimento epidemiológico notório. O isolamento social e a solidão do idoso têm sido associados ao surgimento e agravamento das configurações de demência, quer pelos problemas psicológicos que acarretam, quer devido às alterações a nível funcional e biológico que decorrem deste fenómeno. Métodos: Este trabalho de revisão integrada da literatura analisa e sistematiza estudos publicados desde 1/1/2010 até 28/9/2021 sobre o impacto do isolamento social e solidão no desenvolvimento da demência. Assim, foram consultadas as bases de dados Pubmed,Scopus, Web of science, Lilacs e Scielo, e incluídos estudos que cumpriam os critérios de inclusão definidos: estudos desenvolvidos com pessoas com mais de 65 anos; em língua portuguesa, inglesa ou espanhola; com texto integral disponível; com e sem grupos de controlo e com várias metodologias; estudos em qualquer tipo e grau de severidade de demência. Resultados: A pesquisa efetuada sugere a existência de uma relação significativa entre o isolamento social, a solidão e a demência, encontrando-se os primeiros dois associados a uma maior deterioração cognitiva, perda de memória e exacerbações dos sintomas de demência. Apesar de existirem diversos estudos divulgados sobre esta temática, foi apenas na última década que se publicaram resultados mais consistentes sobre esta relação. Desde 2020, com a pandemia, o isolamento social dos idosos e a sensação de solidão agravaram-se, tendo os estudos sobre a temática aumentado significativamente. Discussão: Dada a associação entre o isolamento social, solidão e a demência, é necessário fomentar programas para mitigar estes fatores, já que podem ser considerados fatores de risco modificáveis para a demência e, portanto, ser encarados como uma área de intervenção para a prevenção desta, permitindo, assim, promover a qualidade de vida e dignidade na velhice.
