Browsing by Author "Pinheiro, Daniela Maria Alves"
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- Ansiedade e Adesão ao Tratamento em indivíduos com Hipertensão ArterialPublication . Pinheiro, Daniela Maria Alves; Carvalho, Paula Susana Loureiro Saraiva de; Silva, Cláudia Maria Gomes Mendes daIntrodução: Ao longo dos últimos anos, presenciamos um aumento acentuado de doenças crónicas, constituindo-se a Hipertensão Arterial como uma problemática cuja prevalência é cada vez mais notória. Na Hipertensão Arterial, tendo em conta a sua cronicidade, o comportamento e estilo de vida dos indivíduos desempenham um papel fulcral no bom prognóstico da doença. Além disso, as alterações dos hábitos de vida, o desconhecimento de formas de tratamento e de informação relativa à doença em si contribuem para que muitos doentes apresentem uma difícil adaptação emocional ao seu quadro clínico, contribuindo para o desenvolvimento da ansiedade. Neste sentido, o principal objetivo deste estudo consiste em analisar os níveis de ansiedade e de adesão ao tratamento numa amostra de indivíduos com Hipertensão Arterial. Método: A amostra é constituída por 106 participantes hipertensos, com idades compreendidas entre os 33 e os 65 anos (M = 58.8; SD = 7.03), utentes do Centro de Saúde São Tiago, em Castelo Branco. O presente estudo classifica-se como sendo de natureza quantitativa, descritiva e transversal. O protocolo de recolha de dados foi composto pelo Questionário Sociodemográfico, o MAT - Questionário de Medidas de Adesão aos Tratamentos e a HADS - Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Resultados: Os participantes apresentavam níveis de adesão ao tratamento bastante satisfatórios, obtendo uma pontuação de 5.56 numa escala até 6; já em relação aos níveis de ansiedade, 19 (17.9%) obtiveram ansiedade leve, 8 (7.5%) têm um nível de ansiedade moderada e somente 2 (1.9%) inquiridos revelam níveis altos de ansiedade severa. Além disso, os dados obtidos sugerem que os sujeitos com diagnóstico realizado há mais tempo, apresentam maior adesão à medicação e que quanto mais envelhecida é a população mais importância dão ao cumprimento da prescrição médica. Encontramos ainda uma associação negativa entre os níveis de ansiedade e os níveis de adesão ao tratamento, concluindo que a adesão ao tratamento pode ser prejudicada pela presença de sintomas ansiógenos. O estudo aponta ainda para diferenças nos níveis de ansiedade entre homens e mulheres, pelo que de acordo com os resultados obtidos é o sexo feminino que ostenta maiores níveis de ansiedade quando comparadas com o sexo masculino. Conclusão/Discussão: A HTA ainda não é percecionada como muito preocupante para quem dela padece, sendo que muitos doentes apresentam difícil adaptação emocional ao seu quadro clinico, não procuram ajuda e apresentam falta de adesão ao tratamento.