Browsing by Author "Pinto, Bruna Filipa Esteves"
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- O papel da maternidade no comportamento disruptivo de mulheres em situação de reclusãoPublication . Pinto, Bruna Filipa Esteves; Santos, Diamantino José Figueiredo dos; Loureiro, Manuel Joaquim da SilvaA maternidade na prisão continua a ser um tema pouco explorado, apesar do interesse gradual que se verifica. Desta forma, torna-se necessário compreender o impacto da mesma ao longo da reclusão, principalmente no padrão de comportamentos. Seguindo esta lógica, o presente estudo tem como objetivos analisar o impacto que a maternidade tem no comportamento disruptivo de reclusas mães de um estabelecimento prisional português quando c0mparadas com reclusas que não são mães. Pretende-se, também, perceber quais as dificuldades sentidas na prática do papel maternal tendo em conta as especificidades do contexto, nomeadamente para reclusas que têm filhos/as no exterior. Este estudo conta com 27 mulheres em reclusão no EP de Santa Cruz do Bispo, que foram distribuídas em três grupos: Grupo 1 (n = 8) é formado por reclusas acompanhadas pelos/as filhos/as dentro do EP; o Grupo 2 (n = 10) é constituído por reclusas mães com filhos/as no exterior; e o Grupo 3 (n = 9) é formado por reclusas que não são mães. Foi planeado um protocolo que incluía um questionário sociodemográfico, uma entrevista semiestruturada adaptada à situação em que a reclusa se encontrava (mãe ou não e se acompanhada ou não pela criança), e três instrumentos de avaliação psicológica SQIFA, 23 QVS e Escala de Baixo Autocontrolo, com o propósito de perceber se se verificavam diferenças significativas entre grupos. Os resultados vão de acordo à literatura existente, uma vez que as reclusas mães apresentam sentimentos de culpa e tristeza face à situação em que estão e em que colocam os/as seus/suas filhos/as. Demonstraram também, várias motivações para a sua decisão de permanência ou não dos/as filhos/as no EP. Quanto aos níveis stress e ansiedade não revelaram diferenças estatisticamente significativas, contrariamente ao que se verificou quanto ao número de ocorrências disciplinares e sua gravidade. Reclusas com filhos/as no exterior e reclusas sem filhos apresentam maior frequência de ocorrências e de maior gravidade. Foram, por fim apontadas limitações e sugestões a ter em conta não só para investigações futuras como a nível estrutural.
