Browsing by Author "Pinto, Maria Beatriz da Silva Neto de Sousa"
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- O Impacto do Financiamento Externo no Crescimento das PMEPublication . Pinto, Maria Beatriz da Silva Neto de Sousa; Teixeira, Zélia Maria da Silva SerrasqueiroA temática sobre o crescimento das empresas tem sido um tópico investigado por vários autores. De acordo com a literatura, as Pequenas e Médias Empresas (PME) passam por diferentes estádios de crescimento e desenvolvimento e enfrentam restrições de financiamento ao longo dos mesmos. As restrições de financiamento podem ser uma consequência da existência de assimetria de informação entre as PME e os credores. Apesar do vasto número de estudos realizados em contexto de PME, não existe convergência dos resultados assim, com este estudo pretendemos contribuir para o aprofundamento desta temática. O presente estudo tem como objetivo principal analisar o relacionamento entre o financiamento externo e o crescimento das PME Portuguesas. Para além do objetivo principal, analisamos a relação entre os determinantes dimensão, idade, produtividade, endividamento e rendibilidade, e o crescimento das PME Portuguesas. Para atingir os objetivos de investigação recolheram-se dados referentes a 3309 PME Portuguesas com recurso à base de dados SABI para o período 2010-2019. Relativamente à metodologia utilizada na presente investigação, recorreu-se a modelos de dados em painel dinâmicos, concretamente ao método generalizados de momentos (GMM-Sys) de Bond e Blundell (1998). Identificamos uma relação positiva entre endividamento e crescimento, por isso o financiamento externo parece ser um fator que estimula o crescimento das PME. Os resultados obtidos mostram que existe uma relação negativa entre rendibilidade e crescimento. No entanto, quando analisamos o relacionamento entre a variável rendibilidade quadrática e o crescimento, concluímos que a relação passa a ser positiva, sugerindo a existência de uma relação não linear entre rendibilidade e crescimento. Relativamente aos restantes determinantes analisados, verifica-se uma relação positiva entre as variáveis idade, produtividade e crescimento. Já a dimensão tem um efeito negativo no crescimento das PME, sugerindo que as empresas de maior dimensão apresentam menores taxas de crescimento, o que pode ser consequência de terem atingido a escala mínima de eficiência que lhes permite sobreviver. Podemos assim concluir que as PME Portuguesas tendem a seguir a Teoria da Pecking Order, pois recorrem ao financiamento externo quando os lucros retidos se esgotam ou são insuficientes para suprir as suas necessidades. No entanto, a longo prazo, seguem a Teoria do Trade-off, pois tendem a seguir um nível de endividamento ótimo que lhes proporciona um certo nível de crescimento.
