Browsing by Author "Raposo, Joana Margarida Monteiro"
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- Avaliação de disponibilidades hídricas e de caudais de ponta de cheia em bacias hidrográficas não monitorizadasPublication . Raposo, Joana Margarida Monteiro; Fael, Cristina Maria Sena; Silva, Maria Manuela Portela Correia dos Santos Ramos daA estimação de escoamentos superficiais e a análise de caudais de ponta de cheia constituem duas das principais áreas de intervenção da Engenharia Civil, no que concerne aos recursos hídricos e ao dimensionamento de infraestruturas com eles relacionadas. No entanto, os registos de variáveis hidrológicas para tanto necessários apresentam numerosas falhas, ou dimensão insuficiente, podendo em alguns casos ser mesmo inexistentes, o que acarreta limitações nos modelos que para o efeito podem ser aplicados tendo em vista o dimensionamento daquelas infraestruturas. Neste contexto, é frequente os estudos hidrológicos confrontarem-se com a necessidade de desenvolver métodos para simulação de escoamentos, para prolongamento de séries já existentes, bem como para estimar escoamentos em zonas não monitorizadas da rede hidrográfica que sejam parcimoniosos na informação que utilizam. Nesse entendimento, e no que respeita às disponibilidades hídricas, aplicou-se, pela simplicidade que traduz, o balanço hídrico sequencial, baseado na evapotranspiração de Thornthwaite. Simultaneamente e no pressuposto de total ausência de informação hidrométrica na secção de estimação de escoamentos, recorreu-se a modelos de transposição dessa mesma informação, a partir de secções da rede hidrográfica monitorizadas. Relativamente à análise de caudais de ponta de cheia, em Portugal Continental, é frequente aplicar, também pela sua simplicidade, a fórmula racional que requer apenas o conhecimento da intensidade de precipitação de projeto e de um coeficiente, C, essencialmente relacionado com as perdas de precipitação. Não sendo consensual o valor de C, a utilizar na fórmula racional, considerou-se pertinente analisar os seus valores que conduzam a uma adequada calibração daquela fórmula. Desta forma, aplicaram-se as metodologias propostas, para avaliação de disponibilidades hídricas superficiais, à bacia hidrográfica definida pela estação hidrométrica de Fragas da Torre. Os resultados obtidos demonstraram que o balanço hídrico sequencial, com base na evapotranspiração de Thornthwaite, é adequado na transformação de precipitação em escoamento. Foi também confirmada a adequação do modelo proposto para regionalização de informação hidrométrica, constatando-se que, apesar de uma região não ter registos de informação hidrométrica, não é impeditivo de se poder estimar variáveis hidrológicas nessa mesma região.
