Browsing by Author "Reis, Clarisse Teixeira dos"
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- Estudo das Alterações Biométricas e o Espalhamento Intraocular na População DiabéticaPublication . Reis, Clarisse Teixeira dos; Fonseca, Elsa Susana dos Reis da; Ferreira, Francisco Miguel Pereira BrardoIntrodução: A Diabetes Mellitus é uma doença crónica e metabólica que provoca danos em vários órgãos inclusive no olho. Devido a isso, é comum os pacientes diabéticos apresentarem queixas de déficit visual. Este pode estar associado a um incremento de espalhamento intraocular induzido em parte pelas alterações biométricas provocadas pela diabetes na córnea e no cristalino. Objetivo: Avaliar a influência da diabetes tipo 2 na qualidade da imagem retiniana através da medição do espalhamento intraocular e da avaliação da sua correlação com as alterações biométricas da córnea e do cristalino provocadas por esta patologia. Métodos: Estudo caso-controlo em que a amostra de estudo é portadora de diabetes tipo 2 e constituída por 54 pacientes (62,7± 7,2 anos) e a amostra de controlo constituída por 27 pacientes (64,6 ± 7,1 anos). Ambos os grupos realizaram as medições de espalhamento intraocular com o método de compensação-comparação (C-Quant), a medição da espessura e do retroespalhamento da córnea com a câmara de Scheimpflug (Pentacam HR). Foram ainda medidas as espessuras centrais da córnea e do cristalino com o biómetro de coerência ótica (Lenstar LS900). Estas medições foram apenas realizadas ao olho direito. Resultados: Observou-se um ligeiro aumento de espalhamento intraocular no grupo diabético (+0,043 log(s)), contudo sem significância estatística (p=0,430). Não se observaram diferenças significativas na biometria ocular de pacientes diabéticos comparativamente a pacientes controlo. No entanto, observou-se nos pacientes diabéticos uma correlação positiva fraca entre o espalhamento intraocular e a espessura da córnea quando esta era medida com o biómetro (r=0,281, p= 0,039). Apenas se verificou uma correlação positiva entre o EIO e a PIO (r= 0,298; p= 0,038) não se verificando nos restantes fatores de risco (duração da diabetes, índice de massa corporal e o nível de hemoglobina glicada). Relativamente ao retroespalhamento, não se verificaram alterações estatisticamente significativas entre os grupos (p= 0,678) nem uma correlação significativa com o espalhamento intraocular (r=0,017, p= 0,901). Conclusões: Em relação ao grupo de controlo os pacientes diabéticos não apresentaram aumentos significativos de espalhamento intraocular. As variáveis biométricas encontram-se dentro dos valores normais, não havendo assim fontes de incremento de espalhamento intraocular.