Browsing by Author "Salvaterra, Eliane Melissa d'Alva"
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- Será o Eco doppler transcraniano uma possível ferramenta de diagnóstico de vasoespasmo cerebral? Revisão sistemáticaPublication . Salvaterra, Eliane Melissa d'Alva; Mesquita, Pedro Eduardo Pires; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: A hemorragia subaracnoide (HSA) é uma condição neurológica crítica, frequentemente associada a elevadas taxas de mortalidade e morbilidade. Uma das complicações mais graves associadas à HSA é o vasoespasmo cerebral (VEC), que é uma condição clínica grave secundária à isquemia cerebral. A angiografia por subtração digital (ASD) é o gold-standard no diagnóstico do VEC, mas a sua natureza invasiva limita a sua utilização recorrente, o que implica um aumento da necessidade de métodos alternativos. Neste sentido, o Doppler Transcraniano (DTC) emerge como meio não invasivo para a monitorização contínua e precoce do VEC. Objetivo: Avaliar a eficácia do Doppler transcraniano como ferramenta de diagnóstico precoce e não invasiva do VEC em pacientes com HSA. Metodologia: A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Web of Science e Scopus, incluindo estudos observacionais publicados entre janeiro de 2013 e agosto de 2024, em inglês. As palavras-chave utilizadas foram: ("adult patients" OR "subarachnoid hemorrhage") AND “transcranial Doppler" AND ("cerebral vasospasm" OR "vasospasm diagnosis"). A seleção e análise dos estudos foi realizada de forma independente por três revisores. A análise de viés dos estudos incluídos foi avaliada utilizando a escala Newcastle-Ottawa (NOS), que analisa três domínios principais: seleção, comparabilidade e desfechos. Os principais outcomes analisados incluíram a sensibilidade e especificidade do DTC na deteção precoce do VEC, assim como a sua aplicação clínica na monitorização contínua dos pacientes com HSA. Foram também considerados os benefícios da sua utilização como alternativa não invasiva em comparação com os métodos tradicionais. Resultados: Os seis estudos observacionais incluídos evidenciaram que o DTC apresenta uma sensibilidade moderada a alta na deteção de VEC, especialmente quando utilizado em conjunto com outros meios diagnósticos. Já no que diz respeito à sua especificidade, esta é mais variável, representando a técnica e experiência do operador um papel de impacto major nesta característica. Os estudos mostraram que o DTC é de especial utilidade para a monitorização contínua à cabeceira do paciente, oferecendo a vantagem de ser uma técnica não invasiva e em tempo real, embora continue a haver limitações em termos de precisão quando comparada à ASD. Conclusão: O DTC é uma alternativa promissora e viável para a deteção precoce e monitorização do VEC em pacientes com HSA, particularmente devido à sua natureza não invasiva e à capacidade de monitorizar alterações hemodinâmicas cerebrais de forma contínua. No entanto, a variação na sensibilidade e especificidade observada nos estudos analisados, ressalta a necessidade de mais pesquisas que explorem a padronização da técnica, bem como demonstra o impacto da formação profissional na execução desta técnica. Para estudos futuros recomenda-se o foco na otimização de protocolos de uso do DTC, com o objetivo de maximizar sua aplicabilidade clínica e melhorar os outcomes em pacientes com HSA.
