Browsing by Author "Saraiva, Ana Filipa Marques"
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- Ablação simpática renal no tratamento da hipertensão arterial resistente: futuras aplicações e implicaçõesPublication . Saraiva, Ana Filipa Marques; Tjeng, RicardoIntrodução: A hipertensão arterial é umas das doenças mais prevalentes a nível mundial, com aproximadamente 1 bilião de pessoas acometidas e um aumento expectável para 1.5 biliões até 2025. Apesar do avanço no seu tratamento, uma proporção de pacientes permanecem resistentes à terapêutica convencional e sem um controlo adequado, podendo isso afectar adversamente os futuros eventos cardiovasculares e mortalidade. Este crescimento alarmante já se traduz num importante problema de saúde pública e num dos maiores encargos económicos da saúde, sendo necessárias novas abordagens e elaboração de diferentes estratégias para o seu combate. Objectivos: Esta revisão incidirá na definição da hipertensão arterial resistente e sua etiologia, assim como nas evidências contemporâneas que apoiam a utilidade da ablação simpática renal abordando concomitantemente os dispositivos actuais e emergentes, as potenciais indicações de tratamento no futuro e questões não resolvidas que precisam de ser abordadas antes desta técnica poder ser adoptada não apenas como último recurso exclusivo da hipertensão arterial resistente. Para finalizar será proposto um algoritmo de avaliação dos pacientes com possível hipertensão arterial resistente que deverá estar na base da decisão de implementação da ablação simpática renal. Resultados: A ablação simpática renal é uma das técnicas que possivelmente poderá ter implicações futuras na população com hipertensão arterial, nomeadamente naqueles com hipertensão arterial resistente verdadeira. Esta tem como objectivo reduzir a activação simpática renal (um dos factores na fisiopatologia da hipertensão arterial) através da destruição dos nervos simpáticos renais localizados na adventícia das artérias renais. Existem vários cateteres utilizados, cada um com as suas especificações e consequentemente com vantagens e desvantagens próprias, sendo que a sua selecção deve ser feita individualmente consoante o perfil do paciente. É no entanto de extrema importância uma avaliação pré-procedimento minuciosa de modo a excluir a grande percentagem de indivíduos com hipertensão arterial não controlada decorrente de vários factores que impossibilitam o seu controlo, mas que são passíveis de ser corrigidos e como tal devem ser primeiramente excluídos. Conclusão: Vários estudos têm demonstrado a eficácia e segurança desta técnica tanto na hipertensão arterial resistente como noutras co-morbilidades. No entanto, não existe nenhum marcador que avalie a sua eficácia, nem preditores robustos duma resposta mais acentuada em determinados pacientes. Adicionalmente existem vários factores que parecem influenciar diversos parâmetros relacionados com esta técnica, sendo portanto necessários mais estudos para consolidar os dados positivos já existentes relativos à ablação simpática renal.