Browsing by Author "Silva, Daniela Vieira da"
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- Suporte Social e Coping em Indivíduos com EpilepsiaPublication . Silva, Daniela Vieira da; Carvalho, Paula Susana Loureiro Saraiva deIntrodução: A Epilepsia é uma doença neurológica crónica, caracterizada por uma predisposição persistente em provocar crises epiléticas, interferindo diariamente em todas as dimensões da vida da pessoa. Neste sentido, o efeito protetor do suporte social e a utilização de estratégias de coping adaptativas torna-se fundamental para o bem-estar destes doentes. Objetivos: A presente investigação teve como objetivo estudar o suporte social e o coping em pessoas com diagnóstico de epilepsia, em acompanhamento nas consultas de Neurologia do Hospital Sousa Martins da ULS Guarda. Especificamente: avaliar a perceção de suporte social dos participantes e as estratégias de coping mais utilizadas; analisar as diferenças nas dimensões de suporte social e coping em função das variáveis sociodemográficas sexo e idade dos participantes e em função das variáveis clínicas tempo de diagnóstico e frequência das crises epiléticas dos participantes; e avaliar a relação existente entre suporte social e estratégias de coping. Método: O protocolo utilizado para a recolha de dados incluiu, para além do Questionário Sociodemográfico e Ficha Clínica, os seguintes instrumentos psicológicos: EAS - Escala de Apoio Social de Matos e Ferreira (2000); COPE-R - Questionário de Estratégias de Coping de Pais-Ribeiro e Rodrigues (2004). A amostra foi constituída por 50 indivíduos adultos com diagnóstico de epilepsia. Resultados: Os participantes percecionam obter mais apoio social do tipo instrumental. As estratégias de coping mais utilizadas pelos indivíduos com epilepsia foram (por ordem decrescente): a aceitação, a autodistração, o planear e a religião. As mulheres percecionam níveis superiores de apoio social emocional, informativo e global e utilizam mais as estratégias de coping planear, utilizar suporte social emocional, reinterpretação positiva, expressão de sentimentos e coping no global. O grupo etário dos 20 aos 40 anos perceciona níveis superiores de apoio social emocional e global. O grupo etário dos 41 aos 60 anos e dos 61 aos 80 anos utilizam mais o humor e a religião como estratégia de coping, respetivamente. O grupo de indivíduos com diagnóstico de epilepsia entre os 9 e os 25 anos percecionam níveis superiores de apoio social informativo. O grupo de indivíduos com diagnóstico de epilepsia entre os 9 e os 25 anos utilizam mais estratégias de coping ativo, autoculpabilização e expressão de sentimentos. Os participantes que apresentam mais de 10 crises epiléticas por ano utilizam mais a estratégia de coping ativo. Quanto maior é a perceção de apoio social informativo maior é a utilização de estratégias de coping no global. Conclusão: Salienta-se a importância da realização de um trabalho a nível psicossocial e multidisciplinar na epilepsia, enfatizando o papel da psicologia, nomeadamente na monitorização da avaliação e desenvolvimento de estratégias de coping adaptativas e no suporte social, fornecendo informação e apoio direto ao paciente e à sua rede social.