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- Associação entre Doença de Alzheimer e Diabetes Diabetes tipo 3?Publication . Cordeiro, Fátima Cristina Parreira; Alvarez Pérez, Francisco JoséA doença de Alzheimer e a diabetes mellitus tipo 2 encontram-se entre as doenças mais comuns associadas ao envelhecimento. Ambas são potencialmente incapacitantes e apresentam um elevado impacto económico. Ao mesmo tempo, possuem caraterísticas clínicas e bioquímicas que sugerem mecanismos patogénicos comuns. Por este motivo alguns autores usam o termo “diabetes tipo 3” para se referir à doença de Alzheimer. Os objetivos deste trabalho são: realizar uma revisão sobre o estado da arte da doença de Alzheimer; analisar a patogenia comum entre esta doença e a diabetes mellitus tipo 2; definir diabetes tipo 3 e, por fim, descrever potenciais abordagens terapêuticas para a doença de Alzheimer, baseadas na relação entre estas duas patologias. Para isso foi feita uma pesquisa bibliográfica exaustiva das informações existentes em diversas bases de dados online, assim como em livros de referência que se revelaram adequados ao tema proposto. Apesar de avanços científicos recentes, a fisiopatologia da doença de Alzheimer ainda não é completamente conhecida e não existe nenhum biomarcador que possibilite a elaboração de um diagnóstico precoce, tratamentos curativos ou formas comprovadamente eficazes de prevenir esta doença. A doença de Alzheimer e a diabetes mellitus partilham vários mecanismos patofisiológicos. Em ambas as patologias verifica-se a formação de proteínas amiloidogénicas que provocam a destruição das estruturas onde se depositam (amiloide ß e tau a nível cerebral na doença de Alzheimer, amilina nas ilhotas pancreáticas de doentes com diabetes mellitus tipo 2); ocorre resistência à insulina (no sistema nervoso central no primeiro caso e a nível dos tecidos periféricos no segundo); anomalias do metabolismo da glicose; aumento do stress oxidativo e processos inflamatórios. No entanto, apesar das semelhanças patofisiológicas, o termo “diabetes tipo 3” continua controverso. Ensaios clínicos recentes aplicaram antidiabéticos em doentes nos estágios iniciais da doença de Alzheimer. Apesar dos resultados aparentemente animadores, é necessária mais investigação nesta área.