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- Contacto precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido de termo e seus efeitos no recém-nascido, e sua comparação entre duas instituições de saúdePublication . Cirurgião, Filipa Jorge Ruela Forjaz de Brito; Costa, Ricardo Jorge Barros daIntrodução: O contacto pele a pele precoce define-se como colocar o recém-nascido sobre a mãe, nos primeiros 5 minutos após o parto, durante pelo menos uma hora, de acordo com recomendações internacionais, independentemente da via de parto. Objetivos: Testar os benefícios do contacto pele a pele precoce no recém-nascido de termo nas medidas temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca durante a primeira hora pós-parto e influência de outras variáveis (idade gestacional, tipo de parto, índice de Apgar e amamentação na primeira hora) nestas medidas. Comparar estes dados entre uma instituição pública do interior do país (Hospital Sousa Martins – Guarda) e uma privada do litoral centro (Clínica de Santo António Amadora – Lisboa). Métodos: Preenchimento de grelha com dados referentes ao parto e recém-nascido. As medidas temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca foram preenchidas no minuto 60 pós-parto. Foi realizada análise descritiva, teste t-Student, teste ANOVA, teste Qui-quadrado e correlações com o teste de Pearson, cujos valores de p <0,05 são significativos. Resultados: A amostra foi constituída por 142 elementos, dos quais 68% corresponderam ao Hospital Sousa Martins e 32% à Clínica de Santo António. Quanto ao início do contacto pele a pele, a forma precoce (primeiros 5 minutos pós-parto) foi maioritariamente observada na instituição pública (76% da amostra, p <0,001). A duração média do contacto foi superior na instituição pública (p <0,001), de quase 108 minutos. Na relação entre as medidas e a instituição, verificou-se que a saturação periférica de oxigénio foi superior na instituição privada (p <0,001) enquanto a frequência cardíaca foi superior na instituição pública (p <0,001). Os recém-nascidos sem contacto obtiveram a saturação periférica de oxigénio superior e os que iniciaram após os 5 minutos pós-parto obtiveram um valor inferior (p <0,05). Na comparação entre as durações do contacto, a saturação periférica de oxigénio diminuiu com o aumento da sua duração (60 minutos ou mais, p <0,05). A frequência cardíaca foi superior para os que tiveram no mínimo 60 minutos de contacto (p <0,05). Conclusão: O Hospital Sousa Martins apresentou melhores indicadores em termos de contacto pele a pele – início mais precoce e maior duração (cumprindo o tempo mínimo recomendado internacionalmente). Destacou-se que a temperatura, saturação periférica de oxigénio e frequência cardíaca mantiveram-se dentro dos intervalos fisiológicos em toda a amostra, provando que este contacto não confere riscos nem desvantagens para o recém-nascido, devendo ser estimulado em todas as instituições de saúde.
