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- Fatores de Risco Relacionados com a Mortalidade e Dependência Funcional após Acidente Vascular HemorrágicoPublication . Sá, Tiago Jorge Antunes de; Álvarez Pérez, Francisco JoséIntrodução: A Hemorragia Intracerebral é responsável por cerca de 10% de todos os AVCs (1), com uma incidência de 24,6 em 100.000 pessoas-ano (2). Geralmente resulta da rutura espontânea de uma artéria penetrante do cérebro e consequente aparecimento de deficits neurológicos focais, sendo que a maioria das Hemorragias Intracerebrais são causadas por hipertensão arterial, coagulopatias e angiopatia amiloide (1). Esta forma de acidente vascular cerebral está associada a uma grande taxa de mortalidade e incapacidade após evento, estando em média associada a uma taxa de mortalidade de 40,4% no primeiro mês após o evento (1,2), que justifica a necessidade de investigação que tem vindo a ser realizada, de forma a permitir a identificação dos fatores que estão subjacentes a uma maior mortalidade e incapacidade na Hemorragia Intracerebral, com a finalidade de definir melhor o prognóstico destes doentes. Objetivos: O objetivo central deste estudo é a identificação de variáveis clínicas e epidemiológicas associadas a uma maior taxa de mortalidade no internamento e a maior grau de dependência na realização das atividades de vida diária, bem como que variáveis estão associadas a uma maior taxa de mortalidade nos seis meses após o hematoma intracerebral. Metodologia: Este trabalho é um estudo retrospetivo, que tem por base a análise de processos clínicos de indivíduos internados na unidade de AVCs do CHCB, no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2012 até 31 de Dezembro de 2016. Foram incluídos os indivíduos com o diagnóstico de AVC hemorrágico, tendo sido excluídos aqueles que foram admitidos por AVC isquémico com posterior transformação hemorrágica, hematoma subdural, hemorragia subaracnoídea e AVC hemorrágico de causa neoplásica. A partir da análise dos processos clínicos foram selecionadas diversas variáveis epidemiológicas, clínicas e imagiológicas, com o objetivo de averiguar a existência de possíveis associações com a mortalidade no internamento, dependência nas atividades diárias e a mortalidade aos seis meses. Resultados: Constatou-se a existência de uma associação estatisticamente significativa das seguintes variáveis com a mortalidade no internamento: presença de antecedentes de AVCs prévios (p=0,027), terapia com antiagregantes prévia (p=0,005), o valor de glicémia (p=0,005), os níveis de colesterol total (p=0,029) e LDL (p=0,014), o volume da 1ª TAC-CE (p=0,0001), o volume da TAC-CE subsequente (p=0,0001) e a diferença entre os dois volumes obtidos (p=0,008), a presença de edema (p=0,007) e de hemorragia ventricular (p=0,0001), as escalas de Glasgow (p=0,0001), NIHSS (p=0,0001) e ICH (p=0,0001) e a ocorrência de hidrocefalia (p=0,0001), infeção do trato urinário (p=0,040) e deterioração neurológica (p=0,0001). Relativamente à ocorrência de dependência, verificou-se significância estatística para a idade do paciente (p=0,0001), os valores de leucócitos (p=0,044), neutrófilos (p=0,034) e o rácio Neutrófilos/Linfócitos (p=0,030), os níveis de colesterol total (p=0,041), o volume do hematoma na primeira (p=0,0001) e na segunda TAC-CE (p=0,0001), a diferença de volume entre as duas TAC-CE (p=0,0001), a presença de hemorragia ventricular (p=0,001), as escalas de Glasgow (p=0,0001), NIHSS (p=0,0001) e ICH (p=0,0001) e o desenvolvimento de pneumonia (p=0,0001) e deterioração neurológica (p=0,001). Por último, observou-se uma associação estatisticamente significativa das seguintes variáveis com a mortalidade aos seis meses: idade (p=0,008) e o género (p=0,019) do paciente, os valores de linfócitos (p=0,016) e plaquetas (p=0,048), o volume da 1ª TAC-CE (p=0,010) e o volume da TAC-CE realizada subsequente (p=0,012), a presença de hemorragia ventricular (p=0,029), as escalas de Glasgow (p=0,014), NIHSS (p=0,0001) e ICH (p=0,001) e a ocorrência de pneumonia (p=0,0001) e hidrocefalia (p=0,013). Conclusão: Este estudo permitiu concluir que o volume do hematoma inicial, o volume do hematoma na 2º TAC, a presença de hemorragia ventricular e de pontuações piores nas escalas de Glasgow, NIHSS e ICH estiveram significativamente associadas à ocorrência de mortalidade no internamento, dependência funcional e de mortalidade aos 6 meses. Apesar disso, considera-se que serão necessários mais estudos para determinar com maior rigor as associações encontradas.
- Aterosclerose IntracranianaPublication . Matos, Diana Teresa dos Santos Coimbra de; Álvarez Pérez, Francisco JoséA doença aterosclerótica intracraniana é caraterizada pelo desenvolvimento, progressão e complicações das placas ateroscleróticas que afetam as artérias intracranianas. A aterosclerose intracraniana representa a causa mais comum do Acidente vascular cerebral isquémico em asiáticos e africanos, representando 8-10% de todas as causas isquémicas de acidente vascular cerebral nos caucasianos. Deste modo, e atendendo à distribuição da população mundial, a aterosclerose intracraniana tem sido proposta como a causa mais comum de acidente vascular cerebral a nível global. Com este trabalho pretende-se fazer uma leitura e revisão de artigos publicados sem limite temporal, sendo no entanto atribuída preferência a artigos recentes, com o intuito de atualizar o tratamento, tanto preventivo como sintomático, da aterosclerose intracraniana. A metodologia utilizada na elaboração desta dissertação consistiu em pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados eletrónicas e motores de busca, tais como: Pubmed, Medscape, UpToDate e ScienceDirect, entre outros. Selecionaram-se diversos artigos científicos, entre outros materiais, que foram obtidos através dos seguintes termos de pesquisa: “Intracranial atherosclerosis”; “Ischemic stroke”; “Intracranial Stenosis”; “Treatment of Intracranial Stenosis”; “ICAS”.