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- Dismorfismo sexual na distribuição da gordura corporal na diabetes mellitus tipo 2Publication . Neto, Liliana Sofia Magalhães; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesIntrodução: A Diabetes Mellitus tipo 2 é o tipo de diabetes mais comum, representando mais de 90% de todos os tipos de diabetes no mundo. Nas últimas décadas, a prevalência e a incidência da Diabetes Mellitus tipo 2 aumentaram drasticamente, em todo o mundo. Existe uma ampla variedade de fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da Diabetes Mellitus tipo 2. Entre eles é de destacar a obesidade e a distribuição da gordura corporal. A obesidade, no geral, é mais comum nas mulheres que nos homens. No entanto, os homens apresentam obesidade em idades mais jovens. As diferenças sexuais na composição e na distribuição da gordura corporal são um forte fator de risco metabólico e cardiovascular, e contribuem de forma bastante clara para a diversificação do risco de Diabetes Mellitus tipo 2 entre os homens e mulheres. Esta distribuição é influenciada por vários fatores, incluindo o estado hormonal. Atualmente, existe uma discussão sobre quais os melhores índices antropométricos associados ao risco de Diabetes Mellitus tipo 2. O índice de massa corporal ainda é a medida preferencial de gordura corporal usada em ambiente clínico para identificar indivíduos com excesso de peso e obesidade, e com risco de Diabetes Mellitus tipo 2. No entanto, o índice de massa corporal não diferencia composições e distribuições corporais e falha em quantificar o verdadeiro risco de Diabetes Mellitus tipo 2. Novos e outros índices antropométricos aparecem na literatura como sugestivos de uma maior precisão para a Diabetes Mellitus tipo 2. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever as diferenças na composição corporal nos homens e nas mulheres, e de que forma estas constituem maior ou menor risco do desenvolvimento de Diabetes Mellitus tipo 2. Além disso, através destes novos índices antropométricos, pretende também avaliar se a patologia pode interferir na composição e no padrão de distribuição da gordura, contribuindo assim para uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos subjacentes à associação entre sexo, composição corporal e risco de Diabetes Mellitus tipo 2. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica e uma recolha de artigos originais, publicados nos últimos 5 anos, entre 2019 e 2023, na base de dados online PubMed. Esta foi feita através da combinação de várias palavras-chaves nomeadamente: “BMI” (Body Mass Index), “WC” (Waist Circumference), “WHR” (Waist to Hip Ratio), “WHtR” (Waist to Height Ratio) e “DIABETES”, com o operador booleano “AND”. Desta pesquisa resultaram 77 artigos, selecionaram-se 18 artigos com base na maior relevância para o tema a abordar seguindo os critérios de inclusão (artigos originais; artigos publicados nos últimos 5 anos (entre 2019 e 2023); artigos em que se avaliam os quatro índices antropométricos: índice de massa corporal, perímetro de cintura, rácio cinturaanca e rácio cintura-altura; artigos que analisem ambos os sexos) e de exclusão (artigos escritos em idioma que não inglês; artigos que não foi possível encontrar a versão completa; artigos sobre a Diabetes Mellitus tipo 2 em doenças específicas (por exemplo Hipertensão arterial ou Vírus da Imunodeficiência Humana); artigos que não incluíam os 4 índices antropométricos: índice de massa corporal, perímetro de cintura, rácio cintura-anca e rácio cintura-altura). Conclusão: Com esta revisão, conclui-se que existe diferenças na distribuição da gordura corporal entre homens e mulheres com diabetes mellitus tipo 2. Destaca-se a necessidade de estratégias de intervenção mais direcionadas e sensíveis ao sexo na prática clínica e uma visão diferenciada nas diferenças sexuais. Entre os índices analisados, o perímetro de cintura e o rácio cintura-altura parecem ser os mais plausíveis na aplicação da prática clínica. Além disso, corroboram a importância da atenção a prestar no tipo de distribuição da gordura corporal nos pacientes. Contudo, os pontos de corte devem ser aprofundados e estudados conforme as populações que serão aplicados.
- Práticas de gestão de recursos humanos e práticas ágile nas PME em situações de crisePublication . Mendes, Telma Filipa Morgada; Nunes, António João SantosCom o surgimento das novas tecnologias e a sucessão de eventos que afetam os sistemas económicos como um todo, torna-se imprescindível analisar o impacto que os eventos negativos têm nas empresas e especialmente nos seus recursos humanos. O presente estudo visa identificar e caracterizar as práticas de Recursos Humanos e as práticas ágile implementadas pelas pequenas e médias empresas, e de que forma as crises as afetam, isto porque durante a realização da revisão da literatura, ressaltou o facto de existirem poucas publicações que estudem a influência das práticas ágile na gestão de práticas de recursos humanos das pequenas e médias empresas, durante e após os períodos de crise. A abordagem utilizada foi de estudo de caso, que é uma abordagem de carácter qualitativo, e a principal técnica de recolha de dados utilizada foi a entrevista semiestruturada. Foram contactadas cento e dezassete empresas, mas apenas oito deram resposta, e dessas, cinco demonstraram interesse e disponibilidade em realizar a entrevista. Para determinar a amostra mínima a ser utilizada, aplicou-se o método de saturação teórica, que acabou por se concretizar pela repetição do conteúdo das respostas dadas às questões. Além da informação recolhida através das entrevistas, também foram recolhidos dados através dos sites da internet das organizações. A análise dos casos revelou que as pequenas e médias empresas em Portugal, utilizam práticas de gestão de práticas de recursos humanos que promovem a integração dos colaboradores na organização, através da sua participação na implementação de novos processos e protocolos, e que garantem o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores. Estas práticas permitem que os colaboradores se sintam mais acolhidos e mais recetivos a mudanças que possam ocorrer, em situações mais críticas, como por exemplo a crise financeira de 2010/2011 e a pandemia Covid- 19 e outras potenciais crises futuras.
- Estudo do Conhecimento da Infeção Congénita pelo Citomegalovírus numa População UniversitáriaPublication . Rocha, Jéssica Correia; Almeida, Sofia Isabel de AguiarO presente trabalho encontra-se dividido em dois capítulos, em que o primeiro é referente à vertente de investigação e o segundo é relativo ao estágio realizado em farmácia comunitária. O Citomegalovírus (CMV) é a principal causa de infeção congénita em todo o mundo, apresentando uma prevalência que varia entre 0,21% e 1,05% nos recém-nascidos em Portugal. O risco de sequelas é maior nos bebés sintomáticos à nascença que poderão desenvolver consequências permanentes como perda auditiva neurossensorial e atraso no desenvolvimento neurológico. A transmissão do vírus ocorre através do contacto com fluidos corporais contaminados, sendo que o contacto com a urina, saliva e secreções nasais de crianças infetadas é uma fonte de contágio fundamental. Assim, na ausência de uma vacina licenciada, a prevenção realiza-se por meio de medidas de higiene recomendadas, que para serem executadas com êxito é necessário ter conhecimento acerca da infeção pelo CMV. O estudo de investigação representado no capítulo 1 tem como objetivo principal avaliar o grau de conhecimento da infeção congénita pelo CMV numa população universitária e secundário avaliar a opinião sobre a utilidade e facilidade de execução das medidas de higiene recomendadas. Para esse fim, foi aplicado um inquérito cuja divulgação ocorreu via e-mail para todos os estudantes da Universidade da Beira Interior. A amostra em estudo é composta por 280 alunos , em que 53,6% admite não ter ouvido falar sobre o CMV. Nos alunos que possuíam conhecimento acerca do vírus, a faculdade e a internet representam os meios de conhecimento mais manifestados. Conforme os resultados esperados no início deste estudo, o conhecimento geral dos alunos mostrou ser baixo sobre a infeção congénita provocada pelo CMV. Conclui-se ainda que a lecionação de virologia nos cursos da área da saúde é fundamental para a consciencialização da infeção congénita pelo CMV e que no geral, a maioria dos inquiridos consideram as medidas preventivas recomendadas pelo CDC úteis e de fácil execução. O capítulo 2 refere-se ao estágio curricular realizado na Farmácia Santo António, sob orientação da Dra. Maria João Trabulo, que decorreu entre 6 de fevereiro e 23 de junho de 2023. Neste capítulo são abordados conhecimentos práticos que tive oportunidade de adquirir ao longo do estágio, assim como experiências vivenciadas no quotidiano de uma farmácia comunitária.
- Hiperhidrose como consequência de anomalias Tiroideias: do diagnostico ao tratamentoPublication . Carvalho, José António Matias de; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesIntrodução: Hiperidrose, ou de forma coloquial o excesso de sudorese, é uma condição que afeta um grande número de pessoas a nível mundial, causando stress e diminuindo a qualidade de vida de quem sofre dela. Apesar de a hiperidrose poder ocorrer de forma isolada, pode também aparecer como consequência de outras patologias. Neste trabalho iremos focar-nos nas causas tiroideias. As anomalias tiroideias são alterações endócrinas comuns que afetam a função secretora da glândula tiroideia. Tanto o hipertiroidismo (um aumento da produção das hormonas tiroideias) como o hipotiroidismo (uma diminuição da produção da produção das hormonas tiroideias) causam um leque de sintomas, os quais incluem a hiperidrose. Estes sintomas podem manifestar-se de uma forma muito díspar caso a caso, desde afeção palmar, plantar, axilar, virilhas, costas entre outras. Apesar da potencial ligação entre a hiperidrose e as anomalias tiroideias, a sua ligação ainda não é muito bem compreendida. Nesta tese, iremos explorar a relação entre estas duas entidades, com um principal foco no processo, desde o seu diagnóstico, até ao tratamento da hiperidrose como consequência de anomalias tiroideias. Objetivos: O nosso principal objetivo é providenciar um guia compreensivo para o diagnóstico e tratamento baseado na literatura mais recente, existente. Primeiro teremos em conta os processos patofisiológicos presentes, incluindo os mecanismos que poderão correlacionar as duas condições. Posteriormente iremos rever os critérios de diagnóstico bem como os métodos que podem ser utilizados. Por fim, iremos explorar as várias opções de tratamento existentes, discutindo os seus benefícios e contraindicações. Metodologia: Foram usadas as bases de dados eletrónicas da pubmed-medeline, web of science, science direce scopus, focando-nos nos artigos posteriores a 2000 escritos em Espanhol, Inglês ou Francês, tendo sido selecionados a partir do seu titulo e resumo. As palavras-chave usadas na pesquisa foram: hiperhidrose; Tiroide; anomalias da tiroide, excesso de sudorese, hipertiroidismo Discussão: A hiperhidrose é um fenómeno mais comum do que possa ser pensado, afetando um número considerável de pessoas em todo o mundo. No entanto, não são conhecidos os valores certos da sua prevalência, uma vez que os dados existentes levam a pensar que a sua incidência é muito inferior ao possível valor real: não só por ser um diagnóstico muito subjetivo, mas também por ser uma patologia muito constrangedora, quer para o paciente, quer para o médico responsável. O maior consenso atinge-se na importância da temática: é sem dúvida uma situação que provoca muito impacto no dia a dia de quem a sofre, não existindo uma resposta suficiente para estes casos. Outros pontos concordantes são: quer o tratamento, quer a forma de diagnóstico, que já foram amplamente estudados e investigados. Por seu lado, as anomalias da tiroide, nomeadamente o hipertiroidismo, por si só, já foram alvo de muitos estudos, estando bem documentados, do seu diagnóstico ao tratamento. No entanto, a relação entre estas duas patologias não foi, ainda, alvo de uma avaliação tão pormenorizada, havendo, mesmo assim, dados para concluir que as anomalias da tiroide, nomeadamente as causas de hipertiroidismo podem originar uma situação de hiperhidrose, sendo uma das causas mais comuns de hiperhidrose secundária encontradas nas investigações encontradas. Parece também, que nestas situações a clínica tende a ser uma situação mais generalizada e simétrica, mas devido ao reduzido número de casos avaliados, é preciso uma maior investigação para haver uma relação forte entre esta distribuição corporal e esta causa secundária. O diagnóstico de uma situação de hiperidrose secundária a anomalias da tiroide passa por uma boa avaliação clínica e uma avaliação analítica das hormonas da tiroide, podendo ser usados alguns métodos de diagnóstico específicos que serão referidos. O seu tratamento passa pelo tratamento e controlo da causa principal da anomalia tiroideia, no entanto pode ser preciso o uso de terapias coadjuvantes de hiperhidrose, que irão ser referidas neste trabalho, como formas de tratamento sintomático. Conclusão: A Hipehidrose é uma situação relativamente comum com um grande impacto diário. A hiperhidrose secundária é mais rara, tende a ser mais generalizada e as anomalias da tiroide, nomeadamente as causas de hipertiroidismo, são uma das causas secundárias mais comummente encontradas, tendo sido encontrada uma relação forte entre estes dois tópicos. No entanto são necessários mais estudos para uma descrição mais pormenorizada desta relação e a confirmação de achados clínicos típicos desta situação.