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- Uma revisão da esclerose lateral amiotrófica (ELA) com foco no tratamento com células estaminaisPublication . Lopes, João Carlos Azevedo; Pérez, Francisco José Alvarez; Baltazar, Graça Maria FernandesA esclerose lateral amiotrófica é uma doença neurológica progressivamente fatal que afeta os neurónios motores superiores e inferiores, dando origem a fraqueza, atrofia muscular e levando à morte, cerca de dois a cinco anos após o início dos sintomas. Na base da sua etiologia estão fatores genéticos e ambientais, mas os mecanismos patofisiológicos associados à doença, como o aumento do stress oxidativo, a excitotoxicidade e a disfunção da homeostase proteica, que levam à acumulação de agregados de proteínas nos neurónios, estão longe de serem completamente entendidos. O tratamento centra-se em cuidados de suporte, e em apenas duas opções farmacológicas disponíveis, o riluzole e o edavarone, que oferecem efeitos modestos e limitados. As células estaminais surgem como uma abordagem terapêutica promissora, dado a sua capacidade de diferenciação em diferentes linhagens celulares neuronais e não neuronais e o potencial de neuroproteção através da secreção de fatores tróficos, melhorando o ambiente circundante dos tecidos lesados, tendo já demonstrado segurança e eficácia em inúmeros ensaios clínicos. Apesar dos avanços científicos neste campo, alguns desafios persistem, como a seleção dos pacientes nestes ensaios, a janela terapêutica ideal e a otimização das doses terapêuticas. Apesar do potencial terapêutico, obstáculos como a tumorogénese e a diferenciação não controlada requerem uma avaliação rigorosa. O desenvolvimento de protocolos padronizados de investigação e tratamento é urgente, para atingir a consistência e a reprodutibilidade desejada, para que esta abordagem terapêutica possa revolucionar a gestão dos pacientes de uma doença devastadora como a esclerose lateral amiotrófica.
- Solidão e Doença Cardiovascular em Adultos Idosos residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas IdosasPublication . Leal, João Pedro Catarino; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás Martins; Fernandes, Ana Paula André Martins; Rosa, Celina PiresEntende-se solidão por um sentimento subjetivo, de caráter individual que acarreta uma experiência com conotação negativa e, é definida como a resposta psicológica à discrepância verificada entre as relações interpessoais desejadas e atualmente mantidas pela pessoa. Através do Modelo da Solidão, de Louise C. Hawkley e John T. Cacioppo, percebemos que o isolamento é percecionado como uma fonte de perigo e ameaça, que ativa mecanismos comportamentais, neurobiológicos e psicológicos, benéficos a curto prazo de um ponto de vista evolutivo, mas que se mantidos de forma continuada contribuem para a deterioração da saúde física e mental, assim como para o surgimento de mortalidade precoce. A amostra deste estudo é composta por 67 idosos residentes em ERPI, com idades entre os 65 e os 102 anos e média de idades de 82,16 anos (DP=9.50). Destes, 43 são do sexo feminino (64.20%) e 24 do sexo masculino (35.80%). O protocolo aplicado a cada participante incluiu diversas escalas como a University of California Los Angeles Loneliness Scale 3, questionário sobre dados sociodemográficos, rotinas e atividades, funcionalidade e dados relativos à saúde. Os resultados indicam níveis muito elevados de solidão entre os participantes, tendo sido constatadas correlações significativas entre os resultados da UCLA-3, MSPSS, BSI-18 Depressão, BSI-18 Ansiedade, BSI-18 Somatização e BSI-18 Índice de Gravidade Global. Pela análise dos resultados, não se verifica associação entre o grau de solidão e a existência de doença cardiovascular. Foi possível concluir que o grau de solidão e a existência de doença cardiovascular são independentes do sexo dos idosos em ERPI e de estarem institucionalizados na sua área de residência anterior. Para as restantes variáveis, nada se pôde inferir, em relação à associação destas com o grau de solidão e com a existência de doença cardiovascular. Estas observações alertam para a necessidade de compreender e valorizar a nível clínico, a solidão dos participantes e as suas implicações, de modo a projetar medidas que minorem o seu impacto.