FE - DECA | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento
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- Arquitetura para hoje e novas formas de habitarPublication . Gonçalves, Isabel Maria Pires; Coelho, António Julio Marques Baptista; Oliveira, Helder Pereira deHabitação acessível para todos é um tema bastante paradigmático do século XXI. Nas últimas décadas a habitação social, ou habitação de interesse social (HIS), fez-se um pouco desordenadamente, respondendo essencialmente a interesses económicos, numa perspetiva que acentua uma muito sensível redução do essencial vínculo entre espaço de habitar e modos de vida. Contudo, a crise económica, dos últimos tempos, bem como os novos contextos sociais, estão a gerar um novo interesse pela HIS, que é entre nós, designada de “Habitação a Custos Controlados”. E é aqui que o papel do arquiteto é fundamental na medida em que cabe a ele conhecer o homem real no seu contexto, e o seu trabalho deve dar resposta eficaz às necessidades específicas de cada sociedade. O habitar contemporâneo trouxe novos problemas sociais, a partir dos quais surgem novas formas de habitar para as diversas classes e grupos sociais, mas também para os novos agregados familiares. A atualidade que é socialmente muito diversificada pede que se flexibilizem as ofertas urbanas e residenciais, criando, no seu todo, um ambiente citadino mais harmonioso. A sociedade está em constante transformação, e com ela assiste-se a novos problemas sociais e novas formas de habitar. E importa, ainda, salientar que a atual situação económica origina uma população carenciada muito para além de pessoas desalojadas e com grande carência económica. Os programas habitacionais com um grande número de fogos para alojar grandes grupos sociais, deixaram de ser solução para os problemas sociais. O papel da arquitetura para pessoas carenciadas, visa então compreender a diversidade e rejeitar uma excessiva tipificação, propondo-se o desenvolvimento de uma verdadeira “habitação de interesse social” com qualidade e caraterísticas físicas e de custos adequadamente controladas, visando-se a integração dos seus habitantes na sociedade e, simultaneamente, a (re)vitalização da cidade com novas formas de habitar e equipamentos a elas associados. Sequencialmente, tornou-se claro a importância de viver numa obra de arquitetura residencial bem desenhada e integrada na cidade; e a integração de pequenas habitações de interesse social nos centros urbanos consolidados são uma mais-valia para a (re)vitalização desses centros, muitos deles desabitados e degradados. Afinal, a cidade deve ser vivida por toda a população, todos têm direito ao seu usufruto e a habitação nela inserida deverá ser responsável por gerar espaços que promovam a vida urbana.