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  • Determinantes do desempenho inovador em Portugal e na Europa
    Publication . Carvalho, João António Marrucho; Madeira, Maria José Aguilar; Carvalho, Luísa Cagica
    No contexto da globalização, onde as crises de natureza financeira, económica, política e/ou social têm originado diversos fenómenos que afetam os indivíduos e as organizações, a inovação assume uma importância relevante, com impacto em todos os setores de atividade e ao nível da sociedade em geral. A inovação é, neste contexto, considerada como um dos fatores chave da competitividade das empresas e das nações. É geralmente aceite que as vantagens competitivas sustentáveis dependem cada vez mais da capacidade de inovação das empresas e, consequentemente, esta terá reflexos no seu desempenho inovador. Desta forma, é necessário um conhecimento mais aprofundado do processo de inovação, incidindo o mesmo, principalmente, no estudo dos fatores que possam influenciar positiva e/ou negativamente o desempenho inovador das empresas. A investigação foi desenvolvida com base em cinco artigos correspondentes a cinco capítulos, sendo que o capítulo 2 apresenta a revisão da literatura e os restantes quatro capítulos a investigação empírica. O objetivo principal consiste na identificação e análise dos principais fatores determinantes que influenciam o desempenho inovador das empresas no produto e no processo. Na revisão da literatura, toma-se como base, as abordagens atuais de referência sobre a temática da inovação, nomeadamente, a sistémica da inovação, a das redes e a de recursos e capacidades, bem como a abordagem da inovação aberta. Para além disso, propõem-se, em cada capítulo, um ou mais modelos concetuais que servem de suporte à análise empírica. Para testar empiricamente as hipóteses formuladas, utilizaram-se dados secundários disponibilizados pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (GPEARI/MCTES), com a autorização delegada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e com a supervisão do EUROSTAT, pertencentes ao Inquérito Comunitário à Inovação (Community Innovation Survey) 2010 - CIS 2010, para os capítulos 3, 4 e 5 e ao Community Innovation Survey (microdata CIS) – CIS 2008, no capítulo 6, disponibilizado pelo EUROSTAT. Perante a complexidade do tema em estudo, explicado por múltiplos fatores, tornou-se necessário explorar as relações que os fatores determinantes da inovação selecionados exercem entre si e sobre o desempenho inovador das empresas, no produto e no processo, pelo que se recorreu à análise estatística multivariada. Assim, aos dados obtidos aplicaram-se modelos de regressão logística que permitiram fazer o contraste empírico das hipóteses de investigação relativas aos diversos fatores em estudo em cada um dos capítulos. Os resultados obtidos nos capítulos 3, 4 e 5 mostram, maioritariamente, que os fatores: cooperação, capacidade de absorção, apoio financeiro público, investigados no capitulo 3, barreiras à inovação investigadas no capítulo 4 e, cooperação, capacidade de absorção, apoio financeiro público e barreiras à inovação, investigados no capitulo 5, influenciam positivamente a propensão para a empresa inovar e, consequentemente, o seu desempenho inovador. No capítulo 6 estudou-se a cooperação para a inovação na União Europeia nos 15 países incluídos na microdata CIS 2008, na indústria e serviços, de forma a compreender-se se é possível identificar um padrão de comportamento que pudesse influenciar o desempenho inovador das empresas na Europa. Os resultados obtidos sugerem que a cooperação para a inovação é baixa, em geral, e que existem diferenças entre a indústria e os serviços, o que pode influenciar o desempenho inovador das empresas.