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  • A desmaterialização e o efeito do intangível sobre a sustentabilidade do consumo global de materiais
    Publication . Vaz, António Manuel Martins; Devezas, Tessaleno Campos; Silva, Abílio Manuel Pereira da
    A presente investigação pretende esclarecer se a interação multidisciplinar estabelecida entre as atividades económica, industrial e o consumo global de recursos naturais são compatíveis com um desenvolvimento sustentável. Em primeira instância procedeu-se a uma metodologia quantitativa da evolução do metabolismo global, examinando o consumo de um conjunto de materiais com aplicações essencialmente industriais entre os anos de 1960 e 2015, com a finalidade de identificar alguma tendência de desmaterialização/decoupling. Os resultados obtidos não permitem afirmar perentoriamente que a sociedade está sob o efeito da “desmaterialização” mas entretanto, ressaltaram algumas tendências que admitem algum grau de otimismo. Para uma melhor compreensão do tema desenvolveu-se uma abordagem para quantificar o esforço exigido pelos materiais ao longo do tempo para satisfazer uma determinada necessidade (IEME – Individual Effort Material Economy), examinando empiricamente a evolução das tendências quer do consumo dos materiais assim como dos seus custos associados, a nível global e per capita face ao Produto Interno Bruto (PIB). Posteriormente, procurou identificar-se qual o impacto dos materiais no meio ambiente através de uma metodologia comparativa pela sua toxicidade, situação geoestratégica, risco de oferta, entre outros. Salienta-se que alguns materiais são de extrema relevância podendo funcionar como um elemento impulsionador ou retardatário para o desenvolvimento tecnológico. No quarto capítulo realizou-se um levantamento das empresas a nível mundial com maior valor de mercado. Estas surgiram nas últimas décadas e difundiram-se de uma forma transversal por toda a sociedade dando corpo a empresas TIC com uma crescente componente intangível que aparentemente transportam o seu ADN para outras áreas de atividade. A digitalização surge como fio condutor de uma linguagem universal e globalizada por toda a cadeia de valor. Neste clima versátil e interativo, o valor reside com maior incidência na interoperabilidade entre os produtos e os serviços, o material e o digital. Neste contexto a indústria reconfigura-se numa nova tecnoesfera alicerçada em ambientes ciber físicos, denominada como a quarta revolução industrial (Indústria 4.0). A mudança tecnológica tende a transformar as fábricas digitais em espaços “inteligentes”, descentralizados e otimizados face à transição de uma produção massificada para uma customizada e personalizada, com os respetivos benefícios inerentes. Os novos ambientes proporcionam inovações cada vez mais interativas, complexas e conectadas em que produtos e serviços online se fundem em inovações híbridas e partilhadas, permitindo estabelecer novas relações nos produtos como se de um contribuinte se tratasse, criando inclusivamente uma nova identidade.