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Avaliação dos efeitos de um programa de exercício físico em mulheres sobreviventes de cancro da mama

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Por ano em todo o mundo, são diagnosticados cerca de 1.3 milhões de novos casos de cancro mama. Recentemente, o tratamento do cancro da mama obteve progressos substanciais, com consequente aumento de sobreviventes. No entanto, apesar dos benefícios destes tratamentos, o desenvolvimento de efeitos secundários é uma realidade, destacando-se a fadiga, a diminuição da aptidão física e da qualidade devida. Assim, por estes motivos, torna-se fundamental a criação de intervenções que reduzam ou atenuem os efeitos relacionados com a doença e o tratamento do cancro. Atualmente, a investigação que examina a potencialidade do exercício físico em sobreviventes de cancro da mama te conquistado um maior território no campo científico. A American Cancer Society refere que a inatividade deve ser evitada, sendo aconselhado o regresso às atividades básicas da vida diária o mais rápido possível. De facto, o exercício físico é revisto por vários estudos como u meio não farmacológico, eficaz e seguro na promoção da aptidão e funcionalidade física, na diminuição dos efeitos adversos da doença e dos tratamentos , sobretudo, na melhoria da qualidade de ida. Uma revisão quantitativa de 82 ensaios controlados, relacionados com intervenções de atividade física em sobreviventes de cancro, mostrou que o exercício físico é bem tolerado durante e após o tratamento, sendo estes resultados também suportados por uma roundtable do American College of Sports Medicine. Baseado netas evidencias e com o objetivo de avaliar os efeitos dos exercícios físico na aptidão física e na qualidade de vida em mulheres sobreviventes de cancro da mama foi criado o programa piloto MAMA_MOVE orientado especificamente para esta população. Neste estudo participaram 19 mulheres, com idade entre 30-75 anos e com confirmação clínica de cancro da mama com estágio I-III, tendo 11 constituído o grupo de intervenção e 8 o grupo de controlo. Durante 4 meses o grupo de intervenção realizou 3 sessões semanais de exercício físico aeróbio e de força muscular com intensidade moderada. O estudo abarcou 3 momentos de avaliação (inicial, decorridos 2 e 4 meses) tendo sido medido , em todas as participantes, indiretamente a força muscular dos membros inferiores pelo sit-stand test; a força e preensão; a capacidade aeróbia (VO2máx) e a qualidade de vida pelo EORT QLQ-C30. Em resposta ao treino realizado, foram verificadas no grupo de intervenção melhorias significativas no VO2máx (p <0.05) no sit-stand test (p<0.001) e na força de preensão do lado operado (p<0.05) e do lado não operado (p<0.001) não tendo existido qualquer efeito adverso derivado da prática do exercício físico. Foram ainda observadas melhorias significativas na qualidade de vida (p<0.001) e na funcionalidade física (p<0.001). Por outro lado, no grupo de controlo apenas foram constatadas modificações no sit-stand test (p<0.05). Desta forma, confirma-se que o exercício físico é um coadjuvante terapêutico seguro e eficaz na melhoria da aptidão física e da qualidade de vida me mulheres sobrevivente de cancro.

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Cancro da mama Exercício físico supervisionado Aptidão física Qualidade de vida

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