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Estudo acústico da igreja monástica cisterciense em Portugal

dc.contributor.authorRodrigues, Fabiel G.
dc.contributor.authorLanzinha, João
dc.contributor.authorMartins, Ana Maria Tavares
dc.date.accessioned2019-01-22T17:15:38Z
dc.date.available2019-01-22T17:15:38Z
dc.date.issued2017-09
dc.description.abstractA acústica é um elemento importante na impressão geral que o edificado transmite às pessoas no exercer das suas funções. No caso da igreja o desempenho acústico e a sua adequabilidade são complexas, já que existe dualidade entre a adequação à música e à palavra [Henriques, 2016]. Por outro lado, é também um elemento mutável, influenciado pela ideologia de culto, pela cultura e pela história [Desarnaulds, 2002]. No caso português este tipo de edifícios foi influenciado pela Ordem de Cister. Esta é vista como detentora empírica de conhecimento do comportamento acústico dos espaços religiosos [González, 2014]. A avaliação acústica das suas igrejas monásticas permite compreender a evolução da acústica neste tipo de espaços país. Com a independência da igreja enquanto edifício de utilização pública ocorreu a evolução das suas caraterísticas construtivas em relação com a evolução da liturgia nela praticada. Como resultado, o comportamento acústico das igrejas é complexo e acompanha uma crescente complexidade litúrgica onde tanto a palavra como a música são essenciais [Queiroz de Sant’Ana & Trombetta Zannin, 2001]. A nível histórico, no caso cristão, a evolução da igreja enquanto edifício ocorre a partir do modelo basilical romano, inicialmente em planta de cruz latina, tetos baixos em madeira e abside abobadada. Esta tipologia favorecia a difusão sonora. Posteriormente, durante a idade média, os espaços seriam abobadados com pedra e adquiririam maior volumetria. Esta evolução, favorece o uso do cântico em prol da palavra, que perde inteligibilidade nestes espaços [Da Silva, 2008]. A inteligibilidade da palavra vai readquirindo importância a partir do século XVI, com a Reforma protestante e a Contrarreforma Católica até ao século XX, com o Concílio do Vaticano II [Queiroz de Sant’Ana & Trombetta Zannin, 2011]. O estudo do comportamento acústico das permite estabelecer valores que aptos ao ambiente musical e à inteligibilidade da palavra. Tem-se estabelecido métodos de avaliação específica para o comportamento acústico em Igrejas, facilitando a obtenção de dados fieis à realidade [Martellotta et al., 2009]. A avaliação do comportamento acústico em igrejas, à semelhança do que sucede em outros edifícios, requer medições in situ segundo a ISO 3382-2. A comparação dos valores obtidos com literatura especializada permite avaliar a adequação do comportamento acústico, no entanto, no caso da igreja a dualidade entre música e palavra implica valores divergentes entre si [Martellotta et al., 2009]. Considera-se importante o levantamento de índices como o Tempo de Reverberação (TR), o Tempo de Decaimento Curto (EDT), Tempo Central (Ts), a Definição (D50), a Claridade (C50 e C80), a Intensidade ou Força (G), o Bass Ratio (BR) e a Inteligibilidade da Palavra (STI). Além da medição in situ das caraterísticas acústicas na igreja complementa-se a avaliação com uma análise do conforto acústico, na Europa segundo a ISO R-1996, que avalia o Noise Ratio (NR) e estipula a sua adequação à função. A caraterização do património acústico neste tipo de espaços resulta da evolução da cerimónia religiosa e das exigências acústicas das mesmas ao longo da história [Álvarez-Morales, Zamarreño, Girón, & Galindo, 2014]. No caso de igrejas monásticas esta premissa é importante, já existe influências próprias da Ordem em que se inserem, mas também de evoluções litúrgicas inerentes ao culto cristão. Por exemplo, na Idade Média o uso de cântico Cantochão, do Gregoriano, e do órgão [González, 2014] implicam um campo sonoro diferente do que existe em igrejas de períodos posteriores. Da avaliação acústica destes espaços em Portugal espera-se espaços com alguma reverberação, aptos ao uso do cântico coral e órgão, em consonância com alguns estudos já efetuados [Lanzinha, Nepomuceno, Martins, Reis, & Alves, 2015; Magrini & Magrini, 2005]. Outros exemplos distinguem-se devido à influencia de regionalismos e contextos históricos posteriores [Martins, 2011], pelo que o estudo permitirá entender a evolução da liturgia na igreja e na Ordem de Cister no período em que esta existiu no país.pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationFabiel G. Rodrigues, João C.G. Lanzinha, Ana M.T. Martins; “ESTUDO ACÚSTICO DA IGREJA MONÁSTICA CISTERCIENSE EM PORTUGAL” (REF: 6827), (RESUMO) in Proceedings of CLME2017 8º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia / V Congresso de Engenharia de Moçambique, Maputo, Moçambique 4-8 set 2017, ISBN: 978-989-98832-9-1 (paper) pg. 421-422, ISBN:978-989-98832-8-4 (digita) Edição FEUP/INEGI (2017), Maputo, Moçambique 4-8 Sep 2017,pt_PT
dc.identifier.isbn978-989-98832-9-1
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.6/6849
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherINEGI-Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Gestão Industrialpt_PT
dc.subjectAcústica - Desempenho acústicopt_PT
dc.titleEstudo acústico da igreja monástica cisterciense em Portugalpt_PT
dc.typeconference object
dspace.entity.typePublication
oaire.awardURIinfo:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876/UID%2FECI%2F04082%2F2013/PT
oaire.citation.conferencePlaceMaputo, Moçambiquept_PT
oaire.citation.titleCLME2017 8º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia / V Congresso de Engenharia de Moçambiquept_PT
oaire.fundingStream5876
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person.givenNameJoão
person.givenNameAna Maria Tavares Ferreira
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person.identifierE-2497-2012
person.identifier.ciencia-idDE1B-83D1-62C4
person.identifier.ciencia-id2718-E82B-9E26
person.identifier.orcid0000-0001-8187-6685
person.identifier.orcid0000-0002-2591-0137
person.identifier.ridB-6803-2014
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project.funder.identifierhttp://doi.org/10.13039/501100001871
project.funder.nameFundação para a Ciência e a Tecnologia
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
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relation.isAuthorOfPublication1561ddf5-43b6-49f2-a6da-0aa3f949ed0f
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