Browsing by Author "Albuquerque, Nelson Ferreira"
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- Comunicação de más notícias a pacientes: Conhecimento, experiência, dificuldades e padrões de comportamento de alunos de medicinaPublication . Albuquerque, Nelson Ferreira; Tjeng, RicardoIntrodução: O ensino de medicina sofreu grandes mudanças ao longo dos anos. Hoje em dia, em conjunto com as competências clínicas, surgiu a necessidade de dar ênfase a outras competências, tais como o treino em competências não-técnicas. Estas últimas, são especialmente benéficas em áreas onde os eventos estão em rápido desenvolvimento, tais como a consciência social, a comunicação e o trabalho em equipa. O ensino ligado às competências não-técnicas, tais como saber como comunicar más notícias, deve ser objeto de estudo e avaliação. O principal objetivo deste estudo é perceber se os estudantes de medicina portugueses estão conscientes do que são as competências não-técnicas no geral e da sua aplicação na comunicação de más notícias em particular, através da identificação de diferentes experiências, padrões de comportamento e atuação. Interessa também perceber qual o grau de conhecimento que têm relativamente à existência de protocolos de comunicação. Metodologia: Estudo transversal, observacional e descritivo. Durante o ano letivo de 2012/2013, todos os alunos de medicina das diversas faculdades médicas de Portugal foram convidados a responder a um questionário eletrónico com perguntas de resposta aberta e fechada, estas últimas, na sua maioria, usando uma escala Likert de 5 pontos. Resultados: Menos de metade dos alunos de medicina portugueses tem a opinião de que já tiveram formação em competências não-técnicas. Cerca de um quarto dos alunos termina o curso de medicina sem presenciar aquilo que considera uma má notícia, facto que pode ajudar a explicar a razão de menos de 20% dos alunos de medicina referirem que se sentem preparados para comunicar más notícias. Saliente-se que, tendencialmente, o sexo masculino sente-se mais preparado para comunicar más notícias do que o sexo feminino, contudo, a idade e o ano de curso não parecem ter influência nesse mesmo grau de preparação. Existem também diferenças entre as diversas faculdades médicas portuguesas, no que toca ao grau de preparação dos alunos para comunicar uma má notícia. Conclusão: Perante a discordância de respostas, dadas pelos alunos, relativamente às competências não-técnicas, pode-se concluir que os alunos não têm uma perfeita noção do que realmente são as competências não-técnicas. Parece existir uma influência do rácio aluno/tutor de cada faculdade no grau de preparação que os alunos percecionam ter face à possibilidade de terem de comunicar uma má notícia. Perante o baixo grau de experiência em presenciar a comunicação de más notícias por parte de um médico, e o baixo grau de conhecimento de protocolos na área da comunicação em medicina, conclui-se que é necessário rever se os planos curriculares estão de acordo com as necessidades dos alunos de forma a proporcionar um maior contacto com esta temática.
