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Comunicação de más notícias a pacientes: Conhecimento, experiência, dificuldades e padrões de comportamento de alunos de medicina

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Introdução: O ensino de medicina sofreu grandes mudanças ao longo dos anos. Hoje em dia, em conjunto com as competências clínicas, surgiu a necessidade de dar ênfase a outras competências, tais como o treino em competências não-técnicas. Estas últimas, são especialmente benéficas em áreas onde os eventos estão em rápido desenvolvimento, tais como a consciência social, a comunicação e o trabalho em equipa. O ensino ligado às competências não-técnicas, tais como saber como comunicar más notícias, deve ser objeto de estudo e avaliação. O principal objetivo deste estudo é perceber se os estudantes de medicina portugueses estão conscientes do que são as competências não-técnicas no geral e da sua aplicação na comunicação de más notícias em particular, através da identificação de diferentes experiências, padrões de comportamento e atuação. Interessa também perceber qual o grau de conhecimento que têm relativamente à existência de protocolos de comunicação. Metodologia: Estudo transversal, observacional e descritivo. Durante o ano letivo de 2012/2013, todos os alunos de medicina das diversas faculdades médicas de Portugal foram convidados a responder a um questionário eletrónico com perguntas de resposta aberta e fechada, estas últimas, na sua maioria, usando uma escala Likert de 5 pontos. Resultados: Menos de metade dos alunos de medicina portugueses tem a opinião de que já tiveram formação em competências não-técnicas. Cerca de um quarto dos alunos termina o curso de medicina sem presenciar aquilo que considera uma má notícia, facto que pode ajudar a explicar a razão de menos de 20% dos alunos de medicina referirem que se sentem preparados para comunicar más notícias. Saliente-se que, tendencialmente, o sexo masculino sente-se mais preparado para comunicar más notícias do que o sexo feminino, contudo, a idade e o ano de curso não parecem ter influência nesse mesmo grau de preparação. Existem também diferenças entre as diversas faculdades médicas portuguesas, no que toca ao grau de preparação dos alunos para comunicar uma má notícia. Conclusão: Perante a discordância de respostas, dadas pelos alunos, relativamente às competências não-técnicas, pode-se concluir que os alunos não têm uma perfeita noção do que realmente são as competências não-técnicas. Parece existir uma influência do rácio aluno/tutor de cada faculdade no grau de preparação que os alunos percecionam ter face à possibilidade de terem de comunicar uma má notícia. Perante o baixo grau de experiência em presenciar a comunicação de más notícias por parte de um médico, e o baixo grau de conhecimento de protocolos na área da comunicação em medicina, conclui-se que é necessário rever se os planos curriculares estão de acordo com as necessidades dos alunos de forma a proporcionar um maior contacto com esta temática.
combined with the clinical skills, the need to emphasize other skills arose, such as the training on non-technical skills (NTS). NTS are especially beneficial in areas where events are developing rapidly, such as social awareness, communication and teamwork. Training linked to NTS, such as knowing how to communicate bad news, should be object of study and assessment. The main objective of this study is to understand if the Portuguese medical students are aware of non-technical skills in general and of their use in the communication of bad news in particular, through the identification of different experiences and behavior and action patterns. It´s also necessary to understand the degree of knowledge that students have in relation to the existence of communication protocols. Methodology: Cross-sectional, observational and descriptive study. During the academic year 2012-2013, all medical students of all Portuguese medical faculties were invited to answer an online questionnaire with open and closed questions, most of them using a 5-point Likert scale. Results: Less than half of the Portuguese medical students said that they had already had training on non-technical skills. About a quarter of the students complete their medical degree without witnessing what one generally considers the communication of bad news, which might help to explain the fact that less than 20% of the medical students referred that they felt prepared to communicate bad news. It should be highlighted that there is a tendency for men to feel more prepared to communicate bad news than women, however the age and year of studies do not seem to have that same influence in that level of preparation. There are also differences among the several Portuguese medical faculties in what concerns the students’ degree of being prepared to communicate bad news. Conclusion: Given the disagreement of the answers given by the students in relation to non-technical skills, it can be concluded that the students do not have a perfect notion of what non-technical skills really are. There seems to be an influence in the faculty pupil / tutor ratio in the preparedness that the students perceive in relation to the possibility of having to communicate bad news. Given the low degree of experience in witnessing the communication of bad news from a doctor and the low level of knowledge of communication protocols in medicine, it is concluded that, in order to provide greater contact with this issue, it is necessary to review if the medical curriculums are adjusted to the students’ demanding.

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Competências Não-Técnicas Comunicação Divulgação da Verdade Estudantes de Medicina Más Notícias

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