Browsing by Author "Almeida, Catarina de Sousa"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Revisão da Terapêutica para o Cancro da Próstata Avançado: uma Meta-AnálisePublication . Almeida, Catarina de Sousa; Gago, Bruno; Silvestre, Samuel MartinsO primeiro capítulo deste trabalho diz respeito ao estágio curricular em Farmácia Hospitalar, realizado no Centro Hospitalar Cova da Beira, Covilhã. Este resume um período de aprendizagem subdividido nas diferentes áreas de atuação do farmacêutico Hospitalar, tendo como principal objetivo, de forma prática e eficaz, colmatar todas as necessidades terapêuticas dos Serviços Clínicos de um Hospital. Este processo desenvolve-se na gestão da aquisição, da receção e da distribuição dos medicamentos, assim como, na produção de formulações estéreis e não estéreis e ainda, na amplitude do profissional farmacêutico, na aplicação de conhecimentos em Farmácia clínica e farmacovigilância. O farmacêutico hospitalar é, ainda, membro integrante em diferentes Comissões Técnicas Hospitalares de poder decisivo e, apoia de forma responsável e ativa, no desenvolvimento de Ensaios Clínicos. O serviço de qualidade a que se assiste nos diferentes contextos hospitalares reflete, em grande parte, o zelo pelo ato multidisciplinar. O estágio em Farmácia Comunitária, realizado sob supervisão da Farmácia Holon Oeiras, vem descrito no segundo capítulo do presente documento. A Farmácia Comunitária prevê a prática das competências científicas do farmacêutico, mas exige competências psicossociais, organizativas e económicas. O profissional não deve ser estanque na sua ambivalência e como tal, deve investir na sua formação. As normas de prescrição de medicamentos têm passado por diferentes fases de inovação e adaptação, em prol da comodidade do utente, sendo o fluxo de informação do clínico ao farmacêutico, a condição prioritária. Com a venda de medicamentos e produtos de saúde fora das Farmácias e a diminuição dos preços dos medicamentos, a auto-medicação tornou-se um conceito crescente na Saúde Pública. As Farmácias comunitárias e seus profissionais encontram-se em adaptação a uma nova realidade, devendo optar pela valorização do seu maior bem: o ato farmacêutico. A oncologia vigora nas áreas de investigação com maior número de publicações. O carcinoma da próstata representa, atualmente, uma grande preocupação para os países ocidentais. Com a identificação do recetor de androgénios como responsável pelo desenvolvimento da doença, a área farmacológica foi amplamente desenvolvida, especialmente no cancro avançado. A estratégia passa, em primeira instância, pela castração, ou seja, diminuição dos níveis de testosterona, e tal é conseguido principalmente através da mimetização das hormonas que controlam a sua produção, a nível do Sistema Nervoso Central ou por substratos competitivos na ligação recetor de androgénios, denominados anti-androgénios, de classe esteroide ou não esteroide. Porém, ambas as opções apresentaram efeitos preocupantes na qualidade de vida dos doentes e uma elevada probabilidade de desenvolvimento de resistência tumoral à castração. Com o terceiro capítulo deste trabalho, além de se apresentar uma revisão bibliográfica neste contexto, pretende-se comparar a eficácia, através da taxa de sobrevivência, da combinação de castração farmacológica ou cirúrgica e antiandrogénios com uma destas opções em monoterapia. Neste âmbito, a terapêutica combinada androgénica é considerada nas guidelines americanas para o Cancro da Próstata e é excluída nas guidelines europeias. Um recente estudo japonês apresenta dados que nos permitem concluir, através de uma meta-análise, que homens com cancro da próstata avançado diagnosticado, apresentam maior taxa de sobrevivência com Terapêutica Androgénica Combinada (TAC) que com monoterapia, HR=0,86 (IC a 95%: 0,80;0,93). A maior variável de erro neste estudo é a etnia dos doentes, que poderá ter um peso elevado nos resultados. Atualmente, os desenvolvimentos farmacológicos na área do Cancro da Próstata apresentam maior incidência em opções androgénio-independente, ou seja, em fase resistente. A evolução das três valências do farmacêutico, descritas nos três capítulos, é evidente e o reconhecimento entre utentes, outros profissionais e políticas inerentes à saúde apresenta resultados visíveis. Todas as áreas de intervenção devem convergir na defesa do farmacêutico enquanto profissional de excelência, num só. O valor que o farmacêutico coloca na sua ação é o reflexo de um Serviço de Saúde com mais qualidade.