Browsing by Author "Andrade, Natacha Vieira da Silva"
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- Telessaúde e DemênciasPublication . Andrade, Natacha Vieira da Silva; Martins, Henrique Manuel Gil; Loureiro, Carla Patrícia Viana CrespoINTRODUÇÃO: A cada 3 segundos é diagnosticado um novo caso de Demência no mundo, sendo que a doença de Alzheimer representa 60 a 70% dos casos. As Demências são um desafio ao setor da Saúde pela alta prevalência, pela inexistência de cura, pela carga física, emocional e económica para os utentes e Cuidadores, formais e informais, e para a sociedade em geral. A Telessaúde pode constituir uma oportunidade para melhorar o processo de cuidar de uma pessoa com Demência e permitir uma melhor qualidade de vida não só dos utentes, mas também dos seus Cuidadores informais. OBJETIVOS: A dissertação pretende conhecer o percurso clínico (patient journey) de um utente com Alzheimer seguido pelo CHUCB e assim identificar oportunidades de melhoria na reorganização dos processos e otimização dos recursos existentes. Também foi avaliada a disponibilidade de Cuidadores informais e profissionais de saúde (Cuidadores formais) para usarem algumas modalidades da Telessaúde. METODOLOGIA: Foi construído um questionário, constituído por 6 perguntas curtas de resposta fechada. Existem duas versões, uma para profissionais de saúde que foi aplicado aos médicos e enfermeiros de Neurologia e Psiquiatria do CHUCB, EPE, e outra para os Cuidadores informais dos utentes com patologia de Alzheimer que vieram à consulta externa destes serviços. As questões incidem sobre os temas da Teleconsulta, da Telemonitorização e, no caso dos profissionais, da Teleformação. Pergunta também sobre as atitudes do Cuidador informal perante a doença e sobre as atividades da vida diária do utente. RESULTADOS: Dos 24 questionários recolhidos, 12 foram preenchidos por Cuidadores informais, que não usam apoios como a consulta de psicologia e os grupos de discussão. Apenas 1 dos Cuidadores fez uso do descanso do Cuidador, e outro do apoio domiciliário. Quanto às AVD do utente, os Cuidadores dizem que utilizam mais o Lar, enquanto que os profissionais acreditam que os seus utentes passam o seu tempo num centro de dia. Para a pergunta da Teleconsulta, 58,3% e 66,7% dos Cuidadores pensa que esta modalidade beneficia o utente e o Cuidador, respetivamente. No grupo dos profissionais, 66,7% pensa que os utentes beneficiam da Teleconsulta, e 83,3% acredita que beneficia o Cuidador. A Telemonitorização reuniu 91,7% de consenso entre os Cuidadores, e 100% dos profissionais pensam que esta modalidade de Telessaúde é benéfica para o utente. Dentro das opções de resposta de sensores, os mais conhecidos pelos Cuidadores são a dispensa de medicação e a pulseira GPS. No entanto, apenas 1 dos Cuidadores referiu utilizar um dos sensores, a pulseira GPS. Os profissionais consideraram a pulseira GPS como o sensor mais benéfico para o utente. Quanto a Teleformação, 66,7% dos 12 profissionais estariam dispostos a receber formação para as Demências através desta modalidade. DISCUSSÃO: O tempo médio de espera para uma consulta de Neurologia no CHUCB é superior ao definido como TMRG. A prática da Teleconsulta pode acelerar o processo de realização de diagnósticos clínicos, na referenciação dos doentes para cuidados especializados, reduzir o tempo de deslocação e de espera para consulta e uma maior equidade do SNS. A Teleformação é um meio para uniformizar condutas e reduzir referenciações desnecessárias. A Telemonitorização é um meio pouco conhecido pelos Cuidadores desta amostra. Os sensores podem aumentar o grau de independência aos utentes em fases iniciais de doença e oferecer uma sensação de maior segurança para o cuidador. CONCLUSÃO: As modalidades de Telessaúde são consideradas benéficas para o utente e para o Cuidador e podem ser as respostas para algumas falhas no acompanhamento da doença de Alzheimer. Devem ser introduzidas no percurso clínico, conforme as necessidades individuais.